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Submarino Titan: animação 3D mostra reação do corpo humano em implosão; veja vídeo

Compressão gerada na implosão foi equivalente à de explosão de 50 kg de TNT

Animação mostra reação do corpo humano em implosão como a do Oceangate - Reprodução

Uma animação tridimensional mostra como um corpo humano seria impactado no caso de uma implosão em um veículo como o submersível Titan — que implodiu no Atlântico enquanto fazia uma expedição aos destroços do Titanic.

O vídeo explica que o "tempo de implosão" durou apenas 20 milésimos de segundos, enquanto que a chamada "resposta de dor cerebral" seria de 150 milésimos de segundos. A compressão adiabática (quando um gás se expande ou se comprime rapidamente) ocorrida no momento foi equivalente à explosão de 50 kg do explosivo TNT.

Autoridades que apuram o caso acreditam que a tripulação tenha morrido instantaneamente numa "implosão catastrófica" menos de duas horas após o mergulho, durante uma expedição até os escombros do Titanic, naufragado há mais de cem anos.

 

O desaparecimento do submersível foi precedido por uma série de erros e condutas imprudentes por parte da fabricante. Um ex-funcionário da OceanGate alertou para problemas de "controle de qualidade e segurança" do Titan, em 2018, e o perigo de o veículo atingir águas mais profundas por conta da pressão. Além disso, a OceanGate ignorou um alerta sobre a "abordagem experimental" feito numa carta assinada por 38 empresários, exploradores de águas profundas e oceanógrafos, em 2018.
 

O ex-conselheiro da OceanGate Rob McCallum, consultor de expedição que colaborou com a OceanGate nas áreas de marketing e logística, afirmou ter recebido relatórios iniciais sobre o acidente com o Titan. Ele conta que o submersível Titan teria tentado subir de volta à superfície momentos antes de implodir, indicando que os cinco tripulantes teriam tentado abortar a missão antes do acidente.

“O relatório que recebi imediatamente após o evento — muito antes da identificação do problema — foi que o submarino estava afundando a cerca 3.500 metros”, disse McCallum a The New Yorker.

Ele descreve que o submersível "perdeu peso", fazendo com que o mergulho fosse abortado. Em seguida, porém, a nave perdeu comunicação com a nave-mãe. McCallum é cofundador da empresa de expedição de aventura EYOS Expeditions e já conduziu mergulhos ao Titanic e a outros pontos do fundo do oceano.

Segundo a publicação, porém, ele usa submarinos projetados para atingir profundidades de até 5,8km e, diferente do OceanGate, foi aprovado para atingir profundidades extremas pela DNV, entidade marítima que regula o serviço.