Sociedade Brasileira de Infectologia

Covid: "Não há necessidade de mudança das recomendações vigentes", diz sociedade sobre variante

Sociedade Brasileira de Infectologia acredita que a EG.5 pode estar circulando de forma silenciosa no país

Uso de máscara - Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) afirmou, nesta quinta-feira (17), que não há necessidade de mudança das recomendações vigentes em relação às medidas para prevenir a Covid-19. A orientação, publicada em nota, sucede uma recomendação de cientistas na Inglaterra sobre a volta do uso de máscaras.

A SBI acredita que a cepa EG.5, subvariante da Ômicron, já esteja circulando no país, embora não tenha sido oficialmente identificada, devido ao baixo índice de coleta e análise genômica no Brasil.

No entanto, a sociedade médica afirma que "não houve modificação no cenário de casos notificados de covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil no momento, não havendo necessidade de mudança das recomendações vigentes". Mas alerta para a possibilidade de uma nova onda de casos nas próximas semanas, "com baixo potencial de casos graves".

Às autoridades de saúde, a SBI recomenda aumentar a coleta de testes diagnósticos e a vigilância genômica dos casos sintomáticos de Covid-19.

À população, é recomendado:

Manter o calendário vacinal para covid-19 atualizado com as doses de reforço recomendadas;

Uso de máscaras para população de risco em locais fechados, com baixa ventilação e aglomeração caso haja futuramente aumento de casos de síndrome gripal, circulação e detecção viral no Brasil;

Testagem dos casos de síndrome gripal.

A EG.5 foi classificada como variante de interesse (VOI) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pois apresenta baixo risco para a saúde pública em nível global uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença.