Covid-19: Moderna envia pedido de vacina contra nova variante à Anvisa
O primeiro caso da subvariante Eris foi identificado no início do mês em São Paulo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu pedido da Moderna para registrar uma nova fórmula da vacina contra Covid-19 do laboratório, a Spikevax, atualizada com proteção contra a Cepa Omicron ln XBB 1.5, que, embora não seja a nova subvariante que preocupa cientistas EG.5, é mais próxima geneticamente e é a versão orientada pelos órgãos de saúde.
A Pfizer fez o mesmo pedido à reguladora no último dia 15. A Anvisa afirma que ambas análises irão "verificar se a relação benefício/risco do produto é satisfatória no contexto epidemiológico atual".
Além dos dados disponíveis para a vacina atualizada, a empresa enviou no mesmo dossiê os dados referentes à vacina original, com cepa Wuhan, para fins de comparação com os dados da versão atualizada, objeto do pedido de registro.
A nova subvariante do coronavírus, conhecida também como Eris, teve o primeiro caso confirmado em São Paulo no começo do mês. O registro ocorreu na capital paulista, com sintomas iniciais no final do mês passado, em um hospital da rede particular. Informações iniciais dão conta que trata-se de um caso de uma mulher de 71 anos sem histórico de viagem.
Identificada nos Estados Unidos e em outros países nas últimas semanas, a subcepa Eris não é neste momento considerada uma ameaça substancial pelo Ministério da Saúde e nem deve causar alterações nas recomendações vigentes para prevenir a Covid — como uma volta do uso obrigatório da máscara.
A pasta disse monitorar e avaliar as informações mais atualizadas sobre a Covid-19 e estar atenta às novas subvariantes. Por enquanto, reforça as recomendações para que as pessoas completem o esquema vacinal com a dose bivalente e que os grupos vulneráveis, como idosos, imunossuprimidos e gestantes, considerem o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações.
O que é a subvariante EG.5 do coronavírus?
A subvariante foi identificada na China em fevereiro de 2023 e foi detectada pela primeira vez nos Estados Unidos em abril. Ela é uma descendente da Ômicron XBB.1.9.2 e possui uma mutação importante que a ajuda a escapar dos anticorpos desenvolvidos pelo sistema imunológico em resposta a variantes anteriores e vacinas.
A EG.5 não parece ter novas habilidades em relação à sua capacidade de contágio, sintomas ou probabilidade de causar doenças graves. Testes diagnósticos e tratamentos como o Paxlovid continuam sendo eficazes contra ela, segundo especialistas.