relações internacionais

Lula diz que seria 'muito importante' presença de Putin nos Brics

Presidente irá propor moeda de referência para transação comerciais entre países, para que não haja dependência do dólar

Lula - Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que seria "muito importante" a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Cúpula dos Brics, que ocorre de 22 a 24 de agosto na África do Sul — o grupo reúne também Índia e China.

Em entrevista ao jornal sul-africano “Sunday Times”, Lula comentou a ausência do líder russo nas discussões da próxima semana em Johannesburgo. Putin será representado pelo seu chanceler, Sergey Lavrov:

— Lavrov é um diplomata muito importante e experiente, mas seria muito importante que a Rússia participasse desta reunião com seu presidente. Vamos discutir importantes questões globais, como a paz e a luta contra desigualdade, e eu gostaria muito de poder discuti-los pessoalmente com o presidente Putin — disse Lula.

Lula também afirmou que durante a cúpula irá propor alternativas para uma moeda de referência para transação comerciais entre países, não para substituição de moedas locais, mas que permita relações comerciais entre Brasil e África do Sul sem depender de uma moeda de um terceiro país, como é o caso do dólar.

— Devemos discutir alternativas como uma moeda de referência, não para substituir as moedas locais, mas que permita maiores trocas entre países como Brasil e África do Sul sem depender da moeda de um terceiro país

Na última semana, o Itamaraty confirmou que haverá a discussão, durante a cúpula, da ideia de uma proposta de unidade monetária entre países, para facilitar transações comerciais.

— Também será discutido, mencionado pelo lado brasileiro, toda uma discussão sobre a questão de moedas, o uso de moedas locais para as transações. Um trabalho sobre eventual unidade de referência dos Brics para transações. Esse é um tema que também será discutido, certamente, pelos líderes. É possível, provável que haja um resultado nessa área — disse o embaixador Eduardo Saboia.