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Veja dicas de como não cair no rotativo do cartão e como sair dele

Planejamento, evitar parcelamento de compras recorrentes e acompanhar o saldo do cartão estão entre as recomendações

Cartão de crédito - Rupixen/Pixabay

Em dois anos, a dívida dos brasileiros no rotativo do cartão de crédito dobrou e atingiu R$ 77 bilhões. Essa modalidade de empréstimo está entre as mais caras do país, com juros acima de 400% ao ano. Mas como evitar entrar no rotativo? E o que fazer quando não dá para pagar a fatura do cartão?

Cristiano Corrêa, coordenador dos cursos de Master in Business Administration (MBA) em Negócios, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) de São Paulo, elencou dicas para o consumidor não se enrolar financeiramente. Veja abaixo:

Como fugir do rotativo do cartão de crédito?
De acordo com especialista, o primeiro passo para não cair no rotativo é o planejamento e, se possível, evitar contas parceladas pagando à vista. Já que a facilidade de parcelar os valores altos pode se tornar uma dificuldade depois, somada às contas fixas e despesas diárias.

Quando não for possível pagar à vista, deve-se atentar para o valor das parcelas. Elas precisam caber no bolso. Corrêa alerta ainda que não se deve fazer um novo parcelamento, enquanto não quitar o anterior.

— Pode parecer óbvio e básico, mas é fundamental controlar o hábito do consumo. Porque parcelas de R$ 50 ou R$ 30, quando somadas a outras despesas, podem acabar virando um grande valor por mês. Então, o ideal é controlar os gastos para não comprometer a renda.

Outra dica é acompanhar o saldo das faturas pelos aplicativos de cartão e do banco. Assim, o consumidor tem a dimensão do seu gasto.

Caiu no rotativo do cartão? O que fazer?
Corrêa afirma que o primeiro passo para sair da "bola de neve" do rotativo do cartão é se informar do valor total da dívida, em quantas parcelas está o rotativo, em quanto tempo deve ser quitado e qual o vencimento de cada mês.

Após tomar conhecimento, é fundamental que o consumidor pare de usar o cartão de crédito. A continuidade no uso pode aumentar a dificuldade de pagar a fatura completa e os juros podem subir ainda mais.

— Assumir a dívida que se tem e ir pagando essa dívida, por mais difícil que seja, é o principal passo. A pessoa precisa dar um basta para pagar o máximo possível da fatura. Quanto mais você paga, o juro vai incidir sobre uma parte menor (do débito) — esclarece.

Devo fazer empréstimo para pagar a dívida?
Uma outra alternativa, de acordo com Corrêa, é fazer um crédito pessoal junto a um banco, desde que o juro seja menor do que o juro do cartão de crédito:

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— Mas é uma solução que precisa tomar muito cuidado. Porque não adianta pegar um empréstimo no banco para abater a dívida do cartão e continuar a gastar — disse.

Além das dicas anteriores, a consciência da organização da vida financeira também entra como um ponto essencial para quem estourou o cartão de crédito.

Economizar e consumir de acordo com o que efetivamente a pessoa recebe, levando em conta as despesas básicas e fixas de cada mês, evita o comprometimento financeiro.