RÚSSIA

Prigojin é proprietário de Legacy da Embraer do mesmo modelo que caiu na Rússia

Mídia russa diz que aeronave envolvida no acidente é semelhante ao jato da multinacional brasileira de propriedade do líder do Wagner, Yevgeny Prigojin

Prigojin era proprietário de um Legacy 600 da Embraer, multinacional brasileira - Embraer/Divulgação

O avião que caiu nesta quarta-feira (23) perto de Moscou era um jato Legacy da Embraer, de acordo com autoridades russas. O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigojin, estava na lista de passageiros que, segundo a agência de notícias russa Tass, morreram todos no acidente.

Prigojin era proprietário de um Legacy 600 da multinacional brasileira e já foi flagrado em deslocamentos usando a aeronave, mesmo depois do fracassado motim contra setores da Defesa russa que o levou a se exilar na Bielorrússia.

A avião particular de Prigojin é um Legacy 600 da Embraer, o mesmo modelo envolvido no acidente desta quarta, de acordo a mídia russa.

A aeronave é fabricada pela Embraer, a terceira maior companhia do mundo no ramo da aviação, sediada em São José dos Campos, ficando atrás apenas da Boeing e da Airbus.

O Legacy 600, um popular jato executivo de pequeno a médio porte, foi lançado em 2000 — seu nome inicial era Legacy 2000 — e começou a ser produzido comercialmente dois anos depois, segundo o site da própria Embraer.

O bimotor tem capacidade para uma tripulação de duas pessoas e de 12 a 15 passageiros.Com uma envergadura de 21 metros e comprimento de 26 metros, atinge uma velocidade máxima de 870 km/h e alcance de 6.290 km.

A série evoluiu para o Legacy 650, com capacidade média para 15 passageiros, envergadura de 21,17 metros, comprimento de 26,3 metros e uma cabine que pode ser dividida em três zonas diferentes.

Sua velocidade máxima chega a 829 km/h, segundo o site da própria firma, e tem um alcance de 7,2 mil km — autonomia suficiente, por exemplo, para voos sem escalas entre São Paulo e Miami.

A Embraer anunciou em 2020 que pararia de produzi-lo, decisão que teria sido acelerado pela pandemia, mas também para priorizar modelos mais novos. Os Legacies foram substituídos pelos modelos Phenom e Praetor. A Embraer ainda não respondeu ao contato feito pelo GLOBO para comentar o acidente. (matéria em atualização)