Supremo Tribunal Federal

Advogado de Cid será recebido em audiência com Alexandre de Moraes

Compromisso marcado para as 16h15 está na agenda oficial do ministro do STF.

Advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt - Reprodução/GloboNews

O advogado Cezar Bitencourt, responsável pela defesa de Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), será recebido na tarde desta quinta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A audiência, marcada para as 16h15, está na agenda oficial do ministro do STF. A reunião ocorrerá no salão branco do STF, onde os ministros costumam receber advogados para audiências nos intervalos das sessões de julgamentos.

Inicialmente, o criminalista havia dito que iria ao gabinete de Moraes no Supremo na segunda-feira. Mas a praxe entre advogados que desejam ter audiências para despachar sobre processos com os ministros é entrar em contato com o tribunal para solicitar um encontro de forma oficial.

Ao Globo, no domingo, o advogado afirmou o objetivo da reunião é se apresentar e “se colocar à disposição da Corte” para esclarecer os fatos sob investigação.

Ao receber Bitencourt no salão branco do Supremo, Moraes preserva o caráter puramente institucional da conversa, uma vez que as audiências não são reservadas. Outros ministros receberão outras pessoas ao mesmo tempo.
 

Mauro Cid está preso desde maio em decorrência da investigação da PF que apura se houve falsificação em certificados de imunização contra Covid-19 de Bolsonaro e familiares.

Desde que assumiu a defesa do tenente-coronel, na semana passada, Bitencourt deu declarações divergentes sobre a suposta decisão do militar de confessar sua atuação no suposto esquema de venda de joias recebidas por Bolsonaro em viagens oficiais.

Na última sexta-feira, em entrevista à GloboNews, Cezar Bitencourt informou que essa suposta “confissão” está restrita ao Rolex e não às demais joias cujo destino é investigado pela PF. Ele também disse que o pagamento pode ter sido entregue por Cid a Bolsonaro ou à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.