CPI

Entenda por que CPI autorizou quebra de sigilo bancário de Cauã Reymond e Tatá Werneck

Os dois fizeram propaganda, em 2018, para a Atlas Quantum, empresa acusada de dar golpe em investidores

Tatá Werneck (Keyla) e Cauã Reymond (Claudio) para divulgação do filme "Uma Quase Dupla" - Divulgação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga pirâmides financeiras autorizou, na tarde da última quarta-feira, a quebra do sigilo bancário dos atores Cauã Reymond e Tatá Werneck e do jornalista Marcelo Tás. Os deputados estão investigando a empresa Atlas Quantum, e os três fizeram propagandas para a empresa em 2018, por isso estão envolvidos no caso.

A Atlas Quantum, que pertence a Rodrigo Marques dos Santos, que também terá o sigilo bancário quebrado, é acusada de dar um golpe de R$ 7 bilhões num grupo de cerca de 200 mil investidores de dar golpes envolvendo criptomoedas.

O pedido da quebra de sigilo dos três famosos foi feito pelo deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP), que, no fim de julho, já havia requerido a presença de Cauã e Tatá na Comissão. Ambos, no entanto, conseguiram um habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal para não comparecer à Câmara dos Deputados, em Brasília.

Advogados de Tatá Werneck classificaram a quebra de sigilo como absurda e prometeram recorrer à Justiça.

“Ela jamais foi sócia, investidora ou participou dos lucros da empresa, motivo pelo qual considera a quebra de sigilo absurda e totalmente descabida para o que se pretende investigar na CPI”, diz a nota de seus advogados publicada na coluna de Lauro Jardim.

Cauã e Tatá fizeram propaganda para a empresa nas redes sociais em 2018. Eles participaram no "Desafio dos Investidores". O vídeo ainda está no ar no Facebook.