'Nasci sem útero': o transplante revolucionário que dá esperança para mulheres terem filho
O sucesso do transplante de útero no Reino Unido trouxe um "vislumbre de esperança" para Hannah Vaughan, que nasceu com condição responsável por não ter o órgão
Aos 16 anos, Hannah Vaughan foi diagnosticada com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH), condição que impede a formação de um útero e, portanto, nunca conseguiria engravidar. Atualmente, aos 24, ela sonha com a possibilidade de receber o órgão após o sucesso da primeira cirurgia de transplante de útero no Reino Unido em uma mulher com a mesma síndrome, realizada nesta semana.
De início, a assistente social afirma ter se sentido isolada das outras mulheres por se sentir diferente.
— Naquela idade, pensei que poderia deixar isso um pouco para trás, porque ainda não estou pronto, mas ao mesmo tempo, isso ainda me afetava todos os dias e eu tinha aconselhamento na época — afirma Hannah, em entrevista ao jornal Daily Mail.
No entanto, agora ela está incrivelmente feliz pelo facto de o procedimento inovador ter funcionado para a outra paciente e que ela “nem pensaria duas vezes” antes de se submeter à realizar o transplante para receber um útero.
— Ter um filho e carregá-lo seria a coisa mais incrível do mundo para mim. A menos que você tenha MRKH ou tenha experiência com algo que possa reduzir suas chances de ter seus próprios filhos, é difícil entender como é — conta.
Iniciado originalmente em 2012, no mundo inteiro cerca de 100 transplantes foram realizados internacionalmente, levando ao nascimento de cerca de 50 bebês. Dentre os países bem sucedidos no procedimento estão a Suécia, os Estados Unidos, o Brasil, a Arábia Saudita, a Turquia, a China, a República Checa, a Alemanha, a Sérvia e a Índia.