Quase cem armas e milhares de munições apreendidas em um mês em prisões no Equador
Força pública fez cinco intervenções no centro penitenciário, amparada pelo estado de exceção por 60 dias decretado pelo governo
Militares e policiais do Equador apreenderam no último mês 95 armas, mais de 26 mil munições e quase 700 telefones celulares em um complexo penitenciário localizado na cidade de Guayaquil, informaram as Forças Armadas nesta sexta-feira (25).
A força pública fez cinco intervenções no centro penitenciário, amparada pelo estado de exceção por 60 dias decretado pelo governo do presidente Guillermo Lasso em 24 de julho para as prisões do país, diante dos confrontos frequentes entre os presos, que deixaram mais de 430 mortos desde 2021.
A última intervenção foi feita hoje, quando cerca de 1,7 mil agentes entraram no maior presídio e em uma pequena prisão de segurança máxima que fazem parte do complexo, segundo um comunicado do Comando Conjunto das Forças Armadas.
O estado de exceção para todo o sistema penitenciário foi decretado após um massacre entre presos em Guayaquil que deixou um número indeterminado de mortos.
Grupos ligados ao narcotráfico mantêm uma guerra dentro e fora das prisões pelo negócio das drogas e usam os presídios como centros de operações.
Os massacres entre presos, alguns dos quais estão entre os piores já ocorridos na América Latina, deixaram mais de 430 mortos desde 2021, enquanto a violência nas ruas elevou a taxa de homicídios para um recorde de 26 por 100.000 habitantes, quase o dobro do ano anterior.