FÓRUM NORDESTE 2023

Grupo EQM é o guardião das maiores Reservas Particulares do Patrimônio Natural de Pernambuco

"A aplicação prática da sustentabilidade é a associação do desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente", garante Eduardo de Queiroz Monteiro

Eduardo Monteiro, presidente do Grupo EQM: "Preservar as nossas florestas é imperativo

Após oficializar a preservação de 900,15 hectares de Floresta Atlântica da Mata do Jaguarão, em Rio Formoso, Litoral Sul do Estado, o Grupo EQM passou a ser guardião das maiores Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) de Pernambuco e também de Alagoas - onde mantém 979 hectares de RPPN na Mata do Cedro.

A formalização da área preservada em Rio Formoso ocorreu simbolicamente em 17 de julho de 2023 - Dia de Proteção às Florestas. “A aplicação prática da sustentabilidade é a associação do desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente. Este é o modelo ideal e ao que podemos denominar de desenvolvimento sustentável. Preservar as nossas florestas é imperativo”, afirma o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro.

A diretora de Marketing da empresa, Joanna Costa, considera-se orgulhosa em fazer parte de um grupo que possui as maiores reservas de Patrimônio Particular Natural em Pernambuco e Alagoas. “Isso demonstra o compromisso com o tripé de sustentabilidade, que engloba os aspectos econômicos, sociais e ambientais. E fazemos isso atrelados à produção do etanol, que é uma fonte de energia natural e limpa”, destaca Joanna.

Usina Cucaú cuida da gestão e destinação dos resíduos sólidos

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL
Entre as categorias de Unidade de Conservação, instituídas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), existe a possibilidade de criação de uma área protegi[1]da administrada não pelo poder público, mas por particulares interessados na conservação ambiental: a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

Essa modalidade de preservação foi criada por decreto em 1990, que foi substituído por outro decreto em 1996. Ambos promovem a criação de áreas protegidas a partir da iniciativa dos proprietários particulares. Com a publicação da Lei nº 9.985, que institui o SNUC, as RPPNs passaram a ser uma das categorias de Unidade de Conservação do Grupo de uso sustentável.

As RPPNs foram criadas para promover a conservação da diversidade biológica, a proteção de recursos hídricos, o manejo de recursos naturais, o desenvolvimento de pesquisas científicas, as atividades de ecoturismo, educação, manutenção do equilíbrio climático e ecológico, além de preservar belezas cênicas e ambientes históricos. Uma vez criada uma área de RPPN, embora o direito de propriedade se mantenha, não se pode voltar atrás, o status de área protegida é perpétuo.

FLORESTA PRESERVADA
A companhia detém mais de 11 mil hectares de Mata Atlântica preservada, sendo 6.068 hectares em Cucaú, no município de Rio Formoso (PE); e 4.960 hectares em Utinga, em Rio Largo (AL), onde estão as maiores RPPNs dos dois esta[1]dos. Em Pernambuco, a RPPN Mata do Jaguarão, com 900,15 hectares, e em Alagoas, a RPPN Mata do Cedro, com 979 hectares, foram criadas por livre iniciativa e deliberação da Presidência do Grupo. “Podemos dizer que o Grupo EQM é uma referência em sustentabilidade no segmento sucroenergético do Nordeste. As Usinas Cucaú, em Pernambuco, e Utinga, em Alagoas, trabalham totalmente ancoradas nos pilares da sustentabilidade ambiental, social e da governança corporativa”, frisa a diretora de Gestão de Pessoas, Cláudia Dantas.

Claudia Dantas destaca que as Usinas Cucaú e Utinga trabalham ancoradas nos pilares da sustentabilidade ambiental, social e da governança corporativa

“Em todos os sentidos, uma floresta traz vida, retém CO2, mantém nascentes, poliniza[1]dores e dispersores. Reflorestar ou enriquecer uma área significa dar continuidade processos, que são importantes para manter a biodiversidade e também para nos manter. É tudo uma questão de equilíbrio. Onde já existe vegetação, enriquecemos com espécies que atraem a fauna, plantando frutas nativas. Atraindo aves, morcegos e abelhas, trazemos a floresta junto, pois eles são os melhores dispersores de se[1]mentes e ajudantes de reflorestamentos”, explica a assessora de Meio Ambiente e Sustentabilidade das usinas, Sônia Roda.

TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE
Também chamado Triple Bottom Line, o tripé da sustentabilidade - conceito criado pelo sociólogo britânico John Elkington em 1994 -, é o modelo que ganhou espaço nas gestões empresariais modernas. O conceito se baseia nos pilares social, ambiental e econômico. A partir dessas diretrizes, as empresas devem mensurar seus resultados. O Grupo EQM tem se posicionado em sintonia com a ideia de desenvolvimento sustentável.

Segundo levantamento feito pelo Google Trends, até fevereiro de 2022, as buscas pelo tema ESG (Environmental, Social and Governance - Ambiental, Social e Governança) cresceram 150% comparadas aos 12 meses anteriores. A sigla foi criada em 2004 e incentiva empresas e organizações a adotarem uma postura de cuidado com o meio ambiente, com o social e com a governança corporativa.

Além da preservação das áreas de Mata Atlântica, há o uso da biomassa como matriz energética e produção de etanol – fontes naturais e limpas de energia, pois não contêm em sua composição poluentes prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, a organização também tem atuado com foco nos vetores social e econômico.

“No aspecto social, a relevância é traduzida na geração dos empregos diretos e indiretos que proporciona. Na época de safra (setembro a março), são cerca de 8,5 mil empregos diretos nas usinas; na entressafra (abril a agosto), cerca de 4 mil empregos. Estamos falando de, aproximadamente, mais de 25,5 mil em[1]pregos indiretos na safra e 12 mil indiretos na entressafra”, afirma Claudia Dantas.

A economia da região em que as usinas Cucaú e Utinga estão inseridas, destaca a diretora, é impulsionada por ações de governança. “Zelar pelo cumpri[1]mento da legislação trabalhista, da defesa da ética, do respeito à diversidade e inclusão social fazem parte da constante jorna[1]da de todos. O senso de pertencimento e o comprometimento dos funcionários são um ponto alto da nossa força de trabalho”, conclui.

O Grupo EQM também aderiu voluntariamente aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), compromisso firmado pelos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil, que adotaram a chamada Agenda Pós-2015, considerada uma das mais ambiciosas da história da diplomacia internacional. Os ODS representam um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.

AÇÕES IMPLEMENTADAS
Ao formalizar suas unidades de conservação, assumiu-se o compromisso de preservar a biodiversidade com gestão ambiental responsável. Com esse objetivo, está sendo aplicada a hierarquia da mitigação, prevenção e recuperação para compensar possíveis impactos ambientais na produção, promovendo melhores práticas que favoreçam o uso racional dos recursos naturais e incluindo a sustentabilidade na sua cadeia produtiva.

Foi implementado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em todas as unidades como forma de melhoramento dos processos industriais e agrícolas. “Temos um sistema de gestão ambiental baseado na ISO 14001/2015, a mais importante diretriz para a gestão ambiental sustentável. Além disso, temos 14 programas que incluem todos os setores do processo produtivo, do plantio à fabricação”, detalha Sônia Roda.

Os 14 programas ambientais criados para o sistema de gestão ambiental da empresa incluem cuidados com o uso do solo, gerenciamento hídrico, cogeração de energia, gestão de resíduos sólidos, controle biológico, gestão de efluentes industriais, cuidados com emissões atmosféricas, proteção de florestas e conservação da biodiversidade, conscientização ambiental junto aos colaboradores e gestão eficiente da documentação ambiental.

Outro exemplo da política de apoio à economia sustentável e em favor dos ODS é a criação do Fórum Nordeste, há 16 anos. O Fórum é um espaço para debates propositivos que reúne não apenas empresas do setor sucroenergético, mas todos aqueles envolvidos na discussão sobre os caminhos para atingir essas metas. Em 2023, o Fórum chega à sua 12ª edição. A proposta principal é garantir um espaço democrático para tratar das questões energéticas e ambientais.

CUCAÚ E UTINGA
Na Usina Cucaú, o Programa Cucaú Sustentável promove conscientização e ações de educação ambiental com colabora[1]dores e comunidade, visando criar um maior vínculo com o meio ambiente. Além disso, a usina cuida da gestão e destinação de resíduos sólidos, que são 100% reaproveitados no processo industrial (bagaço - torta - vinhaça).

Da utilização do bagaço nas caldeiras térmicas, a usina implementa a cogeração de energia – autossuficiência energética durante a safra. A gestão da biodiversidade com ações de reflorestamento, conservação de florestas, incentivo a pesquisas científicas e participação em fóruns regionais e nacionais sobre conservação da biodiversidade estão entre as atividades promovidas pela Cucaú. Um viveiro com capacidade para produção de 100 mil mudas ao ano para plantio local e doações também foi implementado.

Já a Usina Utinga promove a gestão da biodiversidade na RPPN Mata do Cedro, com a soltura da ave mais ameaçada das Américas, o Mutum-de-alagoas. Lá, são realizadas pesquisas científicas coordenadas pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade de São Carlos (UFSCar), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Instituto de Preservação Para a Mata Atlântica (IPMA)