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Lula: 'A volta do Brasil à África se fará também pelo caminho da cultura'

Lula deve voltar ao Brasil no domingo, após passar a semana em três países africanos

Lula ao lado do presidente angolano, João Lourenço - Ricardo Stuckert/PR

Em seu último dia de visita a Angola, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de inauguração da galeria Ovídio de Melo, no Instituto Guimarães Rosa. O presidente disse que se dedicará à educação e à cultura neste sábado.

"A volta do Brasil à África se fará também pelo caminho da cultura", afirmou.

Ele parte para São Tomé e Príncipe às 8h15 (4h15 no horário de Brasília) neste domingo, onde participará de um encontro de líderes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Com isso, Lula fechará sua primeira rodada de viagens ao continente africano, voltadas para a retomada das relações do Brasil com a região.

Na sexta-feira, Lula participou, em Angola, da assinatura de acordos de cooperação em diversas áreas. Ao lado do mandatário angolano, João Lourenço, o presidente brasileiro afirmou que sua ida ao país representa "um retorno do Brasil à África".

"Nos últimos anos, o Brasil tratou com os países africanos com indiferença", afirmou.

— Nós nunca deveríamos ter saído do continente africano. Muitas vezes por ignorância acham que fazer negócio com países ricos é muito melhor, mas países ricos querem exportar produtos manufaturados e importar de nós somente commodities.

Língua portuguesa

Em São Tomé, Lula participará participará, neste domingo, da XIV Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O Brasil emite sinais de que quer se engajar na ampliação e no aprofundamento das atividades desse fórum, com atenção às áreas de segurança alimentar, saúde, meio ambiente e igualdade de gênero.

A CPLP é formada por nove países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.

Brics maior

Lula começou a semana na cidade sul-africana de Johannesburgo. Ele participou da reunião do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O principal resultado do encontro foi a aprovação de seis países que poderão entrar no bloco a partir de janeiro de 2024: Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes e Etiópia.