Rússia diz que usou avião de combate para deter drone dos EUA sobre o Mar Negro
Ministério da Defesa do país afirmou que equipamento de reconhecimento americano recuou após caça russo se aproximar
A Rússia disse neste domingo que enviou um avião de combate para impedir que um drone de reconhecimento da força aérea dos Estados Unidos cruzasse suas fronteiras sobre o Mar Negro. Em comunicado, o Ministério da Defesa do país afirmou que, “à medida que o caça russo se aproximava, o drone de reconhecimento estrangeiro fez uma inversão de marcha para longe da fronteira estatal da Federação Russa”.
Esta não foi a primeira vez que a Rússia disse ter enviado um de seus caças para interceptar um drone americano. No início deste mês, Moscou afirmou que um veículo dos EUA teria se aproximado de sua fronteira aérea sobre o Mar Negro, embora tenha confirmado que seu espaço não foi violado. O caso ocorreu em momento de tensão no local, após a Ucrânia ter atingido um petroleiro russo com drones navais.
Neste sábado, a Rússia também relatou ter abatido dois drones ucranianos — um que se aproximava de Moscou e outro em uma região que faz fronteira com a Ucrânia. A ação feriu seis civis, segundo o prefeito da capital, Sergey Sobyanin, e o Ministério da Defesa.
Corredor marítimo
Mais cedo, o governo ucraniano anunciou que um segundo navio partiu do porto ucraniano de Odessa através de um corredor marítimo, apesar das ameaças russas ao tráfego marítimo na região.
"O navio de carga Primus, de bandeira da Libéria, pertencente a uma empresa de Cingapura, deixou o porto de Odessa e tomou o corredor temporariamente estabelecido por navios civis", disse o Ministério da Reconstrução ucraniano. "É o segundo navio que utiliza o corredor".
A Rússia retirou-se, em meados de julho, do acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos através dos portos do sul do país desde meados de 2022. O governo ucraniano respondeu, no início de agosto, com a abertura deste corredor "temporário" do mar Negro, controlado em grande parte pela Marinha russa.
Desde então, há uma escalada militar na área por parte dos exércitos russo e ucraniano.