Médicos encontram pela primeira vez verme parasita vivo no cérebro de uma mulher, na Austrália
Segundo pesquisadores, Ophidascaris robertsi são parasitas comuns em cangurus e pítons diamante, mas não em humanos
Um verme parasita normalmente encontrado em cobras foi removido “vivo e forte” do cérebro de uma mulher — algo que não havia sido visto nos registros médicos, disseram médicos australianos nesta terça-feira (29).
Perplexos, os médicos realizaram uma ressonância magnética em uma mulher australiana de 64 anos depois que ela começou a sofrer de lapsos de memória e notou uma “lesão atípica” na parte frontal do cérebro.
Era uma lombriga de sete centímetros chamada Ophidascaris robertsi, que os pesquisadores dizem ser parasitas comuns em cangurus e pítons diamante, mas não em humanos.
— Este é o primeiro caso humano de Ophidascaris no mundo — disse o especialista em doenças infecciosas Sanjaya Senanayake. — Até onde sabemos, é também a primeira vez que aparece no cérebro de uma espécie de mamífero, humano ou não.
Os investigadores acreditam que a mulher foi infectada depois de procurar arbustos comestíveis perto de sua casa, que podem ter sido contaminados com larvas parasitas espalhadas pelas fezes das cobras.
— Nunca é fácil ou desejável ser o primeiro paciente do mundo para alguma coisa — disse Senanayake. — Não consigo enfatizar o suficiente a nossa admiração por esta mulher que demonstrou paciência e coragem no processo.
O caso foi publicado na revista Emerging Infectious Diseases, e Senanayake antecipou que mais casos poderiam ser detectados em outros países.