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CPI do MST deve decidir nesta terça (29) se vai quebrar sigilo de Stédile

Oposição prevê votação de requerimentos caros diante da iminência de voltar a ser maioria no colegiado

Deputado Ricardo Sales, relator da CPI do MST - Lula Marques/ Agência Brasil

Diante da iminência de voltar a ser maioria no colegiado, a oposição convocou reunião para votar requerimentos na CPI do MST e aguarda as mudanças nas cadeiras para votar temas caros como a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do fundador do movimento, João Pedro Stédile, e uma possível prorrogação dos trabalhos.

Anteriormente, diante da manobra do governo Lula (PT) que removeu sete deputados alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os parlamentares haviam descartado a possibilidade de estender o funcionamento. A princípio, o prazo expira no dia 14 de setembro e a expectativa é de que o relator Ricardo Salles (SP) apresente o relatório final na próxima segunda-feira. A extensão, no entanto, depende do aval do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e será discutida em reunião interna.

Após acordo com os líderes da Casa para que a oposição volte a ser maioria entre hoje e amanhã, no entanto, os deputados estudam a possibilidade de votar requerimentos que com a maioria governista não iriam ser aprovados.

Além de Stédile, está na mira do CPI uma quebra de sigilo do líder da Frente Nacional de Luta, José Rainha, e a convocação do ministro dos Transportes, Renan Filho. O pedido de depoimento tem como justificativa a atuação do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) durante o seu mandato como governador do estado.

Como mostrou o Globo, a oposição deve voltar a ocupar 15 cadeiras. Entre os sete parlamentares retirados pelo governo, um posto já foi retomado na semana passada — o de Magda Mofatto (PL-GO). A expectativa é de que dois membros retomem seus postos, enquanto dois titulares do União Brasil deixem seus suplentes oposicionistas votarem em seu lugar e as duas cadeiras do Republicanos sigam vazias.