Alemanha adota plano de estímulo fiscal para relançar economia em crise
Mais de 7 bilhões de euros por ano serão utilizados
O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, anunciou nesta terça-feira (29) um grande pacote de estímulo que inclui ajuda fiscal de mais de 7 bilhões de euros por ano (US$ 7,6 bilhões, ou R$ 37,8 bilhões na cotação atual) até 2028, para relançar uma economia em plena crise.
A maior economia da Europa teve crescimento zero no segundo trimestre e poderá ser o único grande país industrializado a sofrer uma recessão este ano, segundo o FMI, uma questão que está dominando o início do novo curso político na Alemanha.
O pacote de estímulo fiscal diz respeito às pequenas e médias empresas, disse Scholz em um seminário do governo de coalizão no castelo de Meseberg, perto de Berlim.
"Nesta conjuntura, é muito importante que o governo federal lance uma ofensiva para estimular o crescimento do nosso país, e garantir que as empresas tomem suas decisões (…) em matéria de investimentos", declarou o chanceler alemão à imprensa.
Neste sentido, seu governo, uma coalizão que reúne sociais-democratas, Verdes e liberais, adotou um programa de reativação de 10 pontos.
Entre eles, estão incentivos à pesquisa e uma melhoria na dedução fiscal aplicada às empresas pelas perdas sofridas. Da mesma forma, será facilitado o acesso das jovens empresas ao mercado de capitais, com medidas avaliadas em 1 bilhão de euros.
Berlim também aposta na rápida adoção de um projeto de lei sobre imigração qualificada, que deverá aliviar a escassez de mão de obra. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento.
A indústria alemã, a locomotiva da economia nacional, foi duramente atingida pela disparada inicial dos preços da energia na esteira da invasão russa da Ucrânia.
A coalizão de governo quer garantir às empresas energia a um preço acessível, por meio de subsídios temporários.