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EUA criticam 'esforços inaceitáveis' na Guatemala para suspender partido do presidente eleito

Bernardo Arévalo chamou a medida de ilegal e parte de uma perseguição política antes de sua posse

Bernardo Arévalo - Luis Acosta/AFP

Os Estados Unidos criticaram nesta terça-feira o que chamaram de “esforços inaceitáveis” do Ministério Público da Guatemala para suspender, na véspera, o partido Semilla, do presidente eleito, Bernardo Arévalo, e expressaram preocupação com medidas que buscam “minar a democracia” nenhum país centro-americano.

“Os Estados Unidos começaram preocupados com as ações contínuas daqueles que pretendem minar a democracia na Guatemala. Nós nos unimos aos nossos parceiros da comunidade internacional e ao povo guatemalteco contra esses esforços inaceitáveis”, declarou o secretário de Estado, Antony Blinken.

“Tal comportamento antidemocrático, incluindo os esforços do Ministério Público e de outros atores para suspender o partido político do presidente eleito e intimidar as autoridades eleitorais, mina a vontade clara do povo guatemalteco”, acrescentou Blinken.

O Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala suspendeu temporariamente ontem o partido Semilla, ao acatar um pedido polêmico do Ministério Público.

Bernardo Arévalo chamou a medida de ilegal e parte de uma perseguição política antes de sua posse, marcada para 14 de janeiro. Simultaneamente à suspensão de Semilla, o tribunal eleitoral oficializou os resultados do segundo turno em favor de Arévalo.

“Esperamos trabalhar com o próximo presidente para fortalecer ainda mais a relação entre os Estados Unidos e a Guatemala e fazer nossas nações avançarem para um futuro melhor”, assinalou o comunicado de Washington.