BRASIL

Após "dribles", CPI das Pirâmides tenta ouvir Ronaldinho Gaúcho nesta quinta

Após não comparecer nas duas marcadas anteriormente, defesa diz que ex-jogador irá participar hoje

Ronaldinho Gaúcho foi convocado a depor na CPI das Pirâmides - Reprodução

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras irá tentar ouvir o ex-jogador Ronaldinho nesta quinta-feira. O colegiado se reuniu duas vezes na semana passada para tentar ouvir o ex-atleta, mas ele não compareceu. Por conta disso, o comando da CPI decidiu pedir a condução coercitiva para que ele seja obrigado a ir à Câmara.

A defesa diz que ele estará presente hoje e que não será necessário aparato policial para levá-lo à comissão. De acordo com o advogado Sergio Queiroz, Ronaldinho não havia sido intimado a comparecer anteriormente.

– Não houve intimação anterior. Ronaldo nunca se negou a comparecer e comparecerá livremente – disse ao Globo.

A CPI da Câmara tentou ouvir o ex-jogador na terça-feira da semana passada, mas a defesa disse que ele não foi intimado e não compareceu. Na última quinta-feira houve uma nova tentativa, mas o advogado apontou um temporal em Porto Alegre como justificativa para o não comparecimento.

O argumento não foi aceito pelo presidente da comissão, Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e nem pelo relator Ricardo Silva (PSD-SP), que disseram que havia diversos voos disponíveis de Porto Alegre para Brasília mesmo com o temporal. A cúpula da CPI decidiu então pela condução coercitiva e pediu a retenção do passaporte do jogador para impedi-lo de sair do Brasil.
 

Diante da disposição, manifestada pela defesa, de comparecer sem escolta policial, a presidência da CPI irá aguardar se o ex-jogador irá comparecer no horário marcado nesta quinta. Caso haja nova ausência, Áureo irá determinar que ele seja conduzido coercitivamente a comparecer.

Ronaldinho e seu irmão Assis Moreira, que também é seu empresário, foram convocados a comparecer na condição de testemunha para falar sobre a “18K Ronaldinho”, empresa que foi apontada como uma pirâmide financeira pelo Ministério Público Federal. O ex-jogador alega que teve a imagem usada indevidamente. Assis participou esteve na CPI na semana passada, mas evitou responder a maior das perguntas e disse que ele e o irmão não têm relação com a empresa investigada.