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Microsoft separará Teams do Office ante preocupações da UE

Uma investigação foi iniciada pela Comissão Europeia para determinar se a Microsoft estava abusando sua posição de mercado ao juntar vários programas em um pacote

Microsoft Teams traz diversas funcionalidades para diferentes plataformas - Microsoft/Divulgação

O grupo Microsoft anunciou nesta quinta-feira (31) que vai separar seu aplicativo de videoconferências Teams de seus populares pacotes de software Office, na tentativa de amenizar as preocupações da União Europeia (UE).

A Comissão Europeia lançou uma investigação, em julho, para determinar se o gigante americano da informática estava "abusando e defendendo sua posição de mercado", ao juntar vários programas em um pacote.

Se a investigação se pronunciar contra a Microsoft, a empresa poderá enfrentar uma multa pesada, ou outras medidas.

Para responder a preocupação europeia, a empresa vai separar o Teams dos seus pacotes Microsoft 365 e Office 365 no Espaço Econômico Europeu e na Suíça, a partir de 1º de outubro, afirmou a vice-presidente da empresa para Assuntos Econômicos europeus, Nanna-Louise Linde.

Linde disse que os clientes agora poderão adquirir os pacotes sem o Teams por um preço menor.

"Estamos anunciando mudanças proativas que esperamos que comecem a abordar essas preocupações de uma forma significativa, inclusive enquanto continua a investigação da Comissão Europeia, e cooperamos com ela", escreveu Linde, em uma publicação de "blog".

O Teams está incluído nos pacotes Office 365 e Microsoft 365, que contêm os programas Word, Excel e Powerpoint. É uma plataforma que permite aos usuários se comunicarem por meio de mensagens, videochamadas e documentos compartilhados.

A investigação foi iniciada por uma queixa, em julho de 2020, da Slack, uma "startup" americana concorrente do Teams que depois foi adquirida pela empresa Salesforce.

A comissão também expressou sua preocupação com o fato de a Microsoft ter limitado a interoperabilidade dos seus pacotes de software com produtos concorrentes. Agora, a Microsoft terá de facilitar a interação dos programas da concorrência com os seus.