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Sífilis: veja sintomas, causas e tratamento

A sífílis é uma IST que tem tratamento e cura

Teste de HIV - Divulgção/SES

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) curável, causada pela bactéria Treponema pallidum. Na maioria dos casos, é transmitida através da relação sexual sem o uso do preservativo. No entanto, ela pode ser congênita, ou seja, passada da mãe pro filho durante a gestação ou o parto. Os principais sintomas são o surgimento de ferida indolor na região genital, anal ou na boca e manchas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. O tratamento é feito com antibiótico.

Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

A infecção pela doença pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental.

Quais são os sintomas e os tipos da sífilis?
A infecção possui várias formas de manifestação clínica. Por causa disso, os sintomas variam conforme o estágio em que ela se encontra.

Sífilis primária: geralmente, o sintoma é uma úlcera, também chamada de lesão ou ferida única que aparece na região nos órgãos genitais, no ânus ou na boca, no período de 10 a 90 dias após o contágio. Geralmente, a ferida não dói, não arde nem coça e desaparece espontaneamente entre 2 a 6 semanas.

Sífilis secundária: denominada secundária por não ter sido tratada na fase primária. Ela aparece após passadas as seis semanas e pode chegar a seis meses desde que apareceu a úlcera inicial. A essa altura, todos os órgãos do corpo podem ser afetados. Notam-se erupções cutâneas e manchas, principalmente na palma das mãos e plantas dos pés. Esses sintomas também desaparecem de forma espontânea, mesmo sem tratamento. Nesse estágio, pode aparecer algum sintoma ocular, geralmente uma inflamação da camada média do olho (uveíte). A principal queixa dos pacientes é a baixa visão ou visão turva. Trata-se da sífilis ocular.

Sífilis latente: nesse caso a infecção já aconteceu há dois anos, os sinais e sintomas desaparecem. Agora, a doença só pode ser diagnosticada através de testes laboratoriais.

Sífilis terciária: representa de 15% a 25% das infecções não tratadas, podendo surgir de dois até 40 anos da primeira infecção. Costuma apresentar lesões na pele, ossos, neurológicas, cardiovasculares e pode levar a óbito.

Sífilis congênita: é o nome dado para a infecção quando transmitida da mãe para o bebê. Nesses casos, a criança nasce com má formação, cegueira, surdez ou deficiência mental. É possível ainda que a mulher sofra um aborto ou que o feto venha a óbito durante a gestação ou o parto.

O que causa a sífilis?
A sífilis tem como causa a bactéria Treponema pallidum, transmitida por meio de relação sexual desprotegida, seja ela vaginal, anal ou oral. Outra forma de contágio é por meio da transmissão vertical, quando a sífilis é "passada" pela mãe ao bebê, durante a gestação ou o parto.

Para obter a confirmação de que se trata de sífilis, o médico deve observar a região íntima da pessoa e investigar se ela teve contato sem camisinha. Mesmo se não houver nenhuma ferida da região genital, nem outras partes do corpo, o médico pode solicitar um exame de sangue chamado VDRL que identifica o Treponema pallidum no organismo

Esse exame é normalmente realizado em cada trimestre de gestação em todas as grávidas uma vez que a sífilis é uma doença grave que a mãe pode passar para o bebê, mas que é facilmente curada com antibióticos prescritos pelo médico.

Como se prevenir da sífilis?
O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis, por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível.

— A primeira forma de contrair sífilis é através de relação sexual desprotegida. Para evitar a doença, as pessoas devem usar preservativos, método de barreira, assim como fazer os exames periodicamente e escolher a sorologia, conversar com o médico para realizar a coleta da sorologia. Uma forma de prevenir a chamada sífilis congênita seria fazer o pré-natal, visto que realizando o pré-natal são feitas testagens periódicas, exames periódicos, que checam se há ou não a presença de sífilis e realizar o tratamento da mãe — explica Mariana Ferreira, ginecologista, obstetra e idealizadora do Desconsultório.

O acompanhamento das gestantes e parceiros sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.

Qual é o tratamento da sífilis?
Desde quando a penicilina (um antibiótico) foi descoberta, ela é o remédio utilizado para tratar a sífilis. A substância é bem conhecida, principalmente quando ouvimos seu nome comercial, conhecida como Benzetacil (Benzilpenicilina benzatina).

Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, com a penicilina benzatina. Este é o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê.

A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante. São critérios de tratamento adequado à gestante:

Administração de penicilina benzatina.
Início do tratamento até 30 dias antes do parto.
Esquema terapêutico conforme o estágio clínico da sífilis.
Respeito ao intervalo recomendado das doses.