Investigado no caso das joias, assessor de Bolsonaro decide também colaborar com a PF
Osmar Crivelatti deixou o prédio da PF na noite de hoje após prestar depoimento
Ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente do Exército Osmar Crivelatti também decidiu colaborar com a Polícia Federal (PF). O militar é investigado no inquérito que apura um suposto esquema de venda de presentes dados ao Estado brasileiro durante missões oficiais no exterior. Crivelatti foi o penúltimo a deixar o prédio da PF, após prestar depoimento.
O militar foi escolhido por Bolsonaro como um dos auxiliares pessoais a que tem direito como ex-presidente. Em 6 de junho de 2022, ele assinou a retirada de um Rolex do "acervo privado" para o gabinete dele. O relógio, avaliado em R$ 300 mil, foi doado pelo rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdul-aziz, em uma viagem oficial e teria sido negociado por Mauro Cid.
Nesta quinta-feira, o militar participou dos depoimentos simultâneos com onde -presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle e outras seis pessoas. Também foram interrogados o ex-chefe da Ajudância de Ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o pai dele, general Mauro Cesar Lourena Cid, o advogado Frederick Wassef, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e o assessor Marcelo Costa Câmara.
Diferentemente do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que recorreram ao direito de ficar em silêncio, Crivelatti optou por responder às perguntas dos delegados. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o pai dele, também decidiram por colaborar.