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Orçamento de 2024: Veja as pastas que ganham e que perdem no governo Lula

Saúde e Educação têm alta. Cultura e Meio Ambiente encolhem. Texto não prevê reajuste do IR nem do Bolsa Família

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, apresentam Orçamento de 2024 - Diogo Zacarias/MF

O primeiro Orçamento elaborado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva teve ampliação de emendas parlamentares, aumento de gastos com saúde e educação, e cortes em áreas consideradas caras para apoiadores do PT, como os ministérios do Meio Ambiente (-16,06%) e da Cultura (-10,3%).

No primeiro ano de vigência do novo arcabouço fiscal, regime proposto pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad e aprovado pelo Congresso, as despesas federais crescerão 1,7% acima da inflação.

Até o ano passado, vigorava o teto de gastos, criado no governo Temer, e que previa que as despesas não poderiam subir acima da inflação - apesar de várias exceções à essa regra terem sido adotadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mesmo com as despesas crescendo acima da inflação, o Orçamento não prevê reajuste na tabela do Imposto de Renda nem no valor do Bolsa Família.

Veja abaixo a lista de ministérios que mais ganharam e mais perderam na divisão dos recursos
Quem mais ganhou
Ministério dos Transportes: 133,43% (R$ 57,4 bilhões)

Ministério da Igualdade Racial: 48,56% (R$ 163 milhões)

Ministério da Fazenda: 27,04% (R$ 33,5 bilhões)

Ministério da Saúde: 22,8% (R$ 231,38 bilhões)

Ministério das Mulheres: 16,14% (R$ 208 milhões)

Ministério do Trabalho e Emprego: 11,69% (R$ 111,4 bilhões)

Ministério da Educação: 10,26% (R$ 180,5 bilhões)

Ministério de Portos e Aeroportos: 9,55% (R$ 5,4 bilhões)

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: 9,08% (R$ 2,8 bilhões)

Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação: 8,26% (R$ 12,4 bilhões)

Ministério da Previdência Social: 6,21% (R$ 935,2 bilhões)

Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: 6,06% (R$ 5,6 bilhões)

Ministério dos Povos Indígenas: 5,03% (R$ 856 milhões)

Ministério das Comunicações: 3,49% (R$ 1,9 bilhão)

Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: 3,11% (R$ 281,7 bilhões)

Ministério da Defesa: 2,00% (R$ 126,1 bilhões)

Ministério da Pesca e Aquicultura: 1,96% (R$ 300 milhões)

Quem mais perdeu
Ministério do Turismo: -52,97% (R$ 270 milhões)

Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: -52,80% (R$ 5,4 bilhões)

Ministério do Esporte: -52,33% (R$ 607 milhões)

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos: -17,18% (R$ 6,6 bilhões)

Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima: -16,06% (R$ 3,6 bilhões)

Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania: -15,66% (R$ 412 milhões)

Ministério da Cultura: -10,13% (R$ 3,3 bilhões)

Ministério das Cidades: -8,15% (R$ 20,9 bilhões)

Ministério da Agricultura e Pecuária: -3,78% (R$ 10,5 bilhões)

Ministério do Planejamento e Orçamento: -2,49% (R$ 3,3 bilhões)

Ministério de Minas e Energia: -1,94% (R$ 8,8 bilhões)

Ministério da Justiça e Segurança Pública: - 1,19% (R$ 20,4 bilhões)

Ministério das Relações Exteriores: -0,36% (R$ 4,7 bilhões)