Um dia após incêndio, permissionários do Mercado da Encruzilhada esperam providências
Vendedores se reúnem na frente do local
O incêndio que atingiu o Mercado Público da Encruzilhada chamou a atenção de todo o Estado. Pelo menos 10 boxes foram destruídos pelo fogo, no último domingo (3). Um dia após o incidente, os trabalhadores esperam por providências, visto que muitos permissionários conservam alimentos perecíveis e materiais que necessitam de refrigeração, que foi inviabilizada devido à falta de energia.
A permissionária Maria José vende carnes e laticínios em um dos boxes. O dela não foi atingido. Maria tem cerca de 300 quilos de carne armazenados sem o tratamento adequado, após o incêndio, por não ter tido acesso aos produtos. Ela não sabe o que fazer. A mercadoria atende oito dias de venda.
"A gente está precisando de uma resposta, porque senão a gente vai ter prejuízo, porque a gente trabalha com carne de sol, com queijo, com porco, com bode, figo, ou seja, com tudo. Com certeza já está tudo desligado. Nosso prejuízo vai ser grande", afirmou ela.
O dono da sapataria onde teria começado o incêndio, Fernando Ferreira, conversou com a reportagem da Folha de Pernambuco. Ele disse que perdeu tudo com o fogo. A família dele carrega uma tradição de 70 anos nesse ramo. O futuro agora é incerto.
"A gente sobrevive dali, são quase dez famílias que sobrevivem dali, um sonho de 70 anos foi destruído em poucos minutos por causa do vandalismo. Só fica um fardo de tristeza nesse momento", disse.
Equipes da Defesa Civil estão no local para averiguar a situação do Mercado da Madalena. De acordo com a gerente-geral de engenharia do órgão, 30 boxes foram interditados.
"Após a realização da vistoria, nós vamos emitir um parecer que vai dizer exatamente o que vai precisar ser feito. Em aproximadamente uma semana, a gente conclui o parecer e já entrega, já disponibiliza para administração [do mercado]. O trabalho da Defesa Civil aqui hoje é orientar e recomendar o serviço que tem que ser feito", conclui.