RIO DE JANEIRO

O que se sabe sobre caso do baixista do Ultraje a Rigor baleado na cabeça, no Rio de Janeiro

Rinaldo de Oliveira, conhecido artisticamente como Mingau, precisou ser transferido para um hospital de São Paulo nesta domingo, passou por cirurgia e está internado em estado grave na UTI

Mingau, baixista do Ultraje a Rigor - Reprodução

O baixista do Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, conhecido como Mingau, foi baleado na cabeça em Paraty, na Costa Verde do Rio. A informação foi divulgada pelo vocalista da banda, Roger Moreira, no Twitter, na madrugada deste domingo, data em que Mingau faz aniversário.

Roger pediu indicações de um neurocirurgião e em seguida pediu orações. Desde então, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do crime. Veja o que se sabe e o que ainda falta esclarecer:

1- Cena do crime
O baixista do Ultraje a Rigor estava acompanhado de um amigo quando foi baleado na cabeça ao passar por um local conhecido Praça do Ovo, no bairro Ilha das Cobras, em Paraty. Em depoimento, o amigo do músico afirmou à polícia que eles teriam sacado R$ 300, indo ao local — que fica a cerca de 300 metros de uma base da Polícia Militar —para fazer um lanche.

2- Área dominada pelo tráfico
De acordo com o delegado Marcello Russo, da 167ª DP, responsável pelas investigações, a região onde Mingau foi baleado é um "conhecido ponto de venda de drogas, dominada pela maior facção do Rio de Janeiro”. Ainda segundo o delegado, o músico teria usado o GPS para chegar ao bairro.

3- Estado de saúde do músico
A prefeitura de Paraty confirmou, na manhã de domingo, a transferência do baixista para o hospital Osvaldo Cruz, em São Paulo. No entanto, o músico foi encaminhado para o Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or, na Zona Sul da capital paulista. Na unidade, Mingau foi submetido a uma cirurgia intracraniana de emergência. O procedimento durou cerca de 3h30. O quadro clínico do músico, segundo o último boletim médico do hospital, divulgado na manhã desta segunda-feira, é grave. Mingau segue na UTI, mantido sob ventilação mecânica.
 

4- Testemunhas ouvidas
De acordo com as investigações, o amigo do músico e outras testemunhas prestaram depoimento. Uma perícia também foi realizada no local para apurar as circunstâncias do fato.

5- Arma do crime
Um homem identificado como João Vitor da Silva, vulgo Relíquia, foi preso e outros três detidos na tarde de domingo. Com os suspeitos, a polícia apreendeu cocaína, maconha e loló, dois carregadores alongados, um kit rajado e uma pistola Glock calíbre.40, apontada pelos investigadores como a utilizada no crime.

6- Suspeitos detidos

Os quatro detidos na tarde domingo não informaram à polícia o que teria motivado o crime. Eles vão responder por tentativa de homicídio. Segundo o delegado do caso, novas diligências serão realizadas para entender o que teria motivado os disparos que acertou o músico na cabeça. Além disso, a polícia busca imagens de câmeras de segurança para entender a dinâmica do caso.