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Constipação: entenda a condição que fez a advogada Deolane Bezerra ir para o hospital

Estima-se que cerca de 25% da população mundial tem intestino preso, em sua maioria, mulheres

Deolane Bezerra precisou fazer uma tomografia do intestino para saber a melhor forma de tratamento contra a condição - Reprodução/ Instagram

A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra precisou ir ao hospital na noite desta segunda-feira (4) por seu ventre estar com excesso de gases e fezes. No final de agosto, ela fez uma Lipo Lad, porém, mesmo se recuperando ainda da cirurgia, a advogada afirma que o agravo em seu intestino não tem a ver com o procedimento.

“Voltei para o hospital, eu não ia falar nada para não deixar vocês preocupados, mas até eu estou preocupada. A cirurgia está tudo bem, tudo maravilhoso. O problema é que eu não consigo fazer cocô. Fizemos uma tomografia e vocês não tem noção do tanto de gases. Agora tomei um remédio que ajuda no processo. Vamos aguardar. Mas de resto está tudo tranquilo, o problema é essa constipação”, disse a advogada.

Constipação
É normal evacuar entre 1 a 3 vezes por dia e 2 a 3 vezes por semana. Defecar menos não indica, necessariamente, que existem problemas, a menos que ocorram alterações substanciais relativas aos padrões anteriores — o mesmo vale para a cor, o tamanho e a consistência das fezes.

Especialistas afirmam que não é recomendado em hipótese alguma segurar as fezes. Tentar bloquear essa necessidade fisiológica pode piorar ainda mais o desconforto. Entre os riscos estão: o aumento na formação de gases, o ressecamento das fezes que ficam presas e acumuladas no reto e alterações no humor. Possibilitando outras dores e doenças, sendo muitas vezes, necessário ajuda médica para fazer uma lavagem.

O esforço excessivo durante a defecação pode aumentar a pressão sobre as veias ao redor do ânus, o que pode causar hemorroidas. Fezes mais duras também podem causar rachaduras na pele do ânus (fissura anal). Todos esses problemas podem gerar traumas nas pessoas tornando este momento desconfortável, o que as levam a não querer fazer cocô novamente. Adiar as defecações pode causar um círculo vicioso de piora da constipação intestinal e de suas complicações.

Causas
Entre as causas mais comuns da constipação intestinal estão as alterações na dieta, como menor ingestão de líquidos e uma dieta pobre em fibras; medicamentos que desaceleram o intestino também ajudam a condição, além do abuso de laxantes.

A desidratação também é um fator de risco, isso porque o corpo tenta conservar água no sangue através da absorção da água das fezes. Frutas, verduras, cereais e outros alimentos contendo fibras são os laxantes naturais do trato digestivo.

A dificuldade de ir ao banheiro também pode desencadear a síndrome do intestino tímido, também chamada de parcopresis, caracterizada pela dificuldade do indivíduo de usar o banheiro, seja para urinar ou para defecar, em um lugar ou contexto em que não se sinta seguro. Não existe uma causa especifica para o problema, entretanto um estudo conduzido pela Sociedade Britânica de Patologia explica que essa fobia pode estar relacionada a algum trauma, principalmente durante a infância e a vida escolar. A timidez ou alguma piada relacionada ao uso do banheiro feita nesse período também podem estar associados a essa síndrome.

Apesar de não existir uma porcentagem de pessoas que sofram desse tipo de problema, estima-se que cerca de 25% da população mundial tem intestino preso, em sua maioria, mulheres, ou seja, uma grande parte desse número, certamente possui esse tipo de síndrome.

Geralmente este tipo de fobia vem do medo de alguém fazer alguma pergunta indiscreta quando você volta do banheiro, como por exemplo: “você demorou, onde estava?”, ou que a simples ida ao banheiro vire motivo de graça, chacota por parte de outras pessoas do local, além do sentimento de que o odor exalado pelas fezes ou o som dos gases, pode ser ouvido por outras pessoas ao redor, o que dificulta o relaxamento que é essencial para a evacuação.

Tratamento para constipação
Consumir mais líquidos

Consumir alimentos mais fibrosos

Reduzir o estresse diário

Mastigar os alimentos corretamente e com calma

Fazer refeições em horários fixos, evitando o descontrole do “relógio biológico”

Fazer exercício físicos regularmente

Medicamentos que facilitem a evacuação