Haddad, Esther e Tebet se encontram para discutir reforma administrativa
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer que o projeto que muda a carreira dos servidores seja discutido depois da reforma tributária
Uma reunião marcada para as 14h desta terça-feira, para discutir a reforma administrativa, deve reunir os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação), além de Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), técnicos e secretários das pastas. Eles foram convidados por Dweck para se encontrar em seu ministério.
A interlocutores, Haddad tem dito que este não é o melhor momento para discutir a reforma, que mexe com as carreiras dos servidores públicos, apesar dos esforços do presidente da Câmara, Arthur Lira, que tenta fazer o projeto avançar na Casa.
Lira argumenta que o governo precisa se empenhar mais em enviar ao Congresso projetos de cortes de despesas, como forma de compensar outras medidas em tramitação, que aumentam as receitas. Seria uma forma de convencimento de deputados ligados ao centrão, que têm uma visão mais favorável à redução de despesas, do que em alta de arrecadação.
Haddad, por outro lado, entende que o projeto que está em elaboração no Ministério a Gestão deve ser encaminhado depois da tramitação da reforma tributária, sob risco de contaminar as duas pautas. Além disso, não enxerga reduções expressivas de despesas para o Tesouro no curto prazo. Em resumo, ele não vê esse projeto como uma agenda o Ministério da Fazenda.
Dweck, por sua vez, já deu declarações contrárias à PEC 32/20, que tramita na Câmara, e que é de autoria do do governo Jair Bolsonaro. Haddad também não vê com bons olhos essa proposta. Como Lira ameaça avançar com essa PEC, o governo se vê pressionado a enviar também um projeto.
Os ministros tentam empurrar o assunto para 2024, mas Lira quer que seja agora.