Petróleo

Biden limita a exploração de petróleo no norte do Alasca

A nova medida atingiu 4 milhões de hectares, área colhida à da Dinamarca, na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A, sigla em inglês)

Joe Biden - JIM WATSON/AFP

O governo de Joe Biden anunciou nesta quarta-feira (06) a autorização de novas explorações de petróleo e gás em uma vasta região do norte do Alasca, lar de comunidades indígenas e santuários de espécies animais icônicas, cinco meses depois de aprovar um projeto de hidrocarbonetos na mesma região.

A nova medida atingiu 4 milhões de hectares, área colhida à da Dinamarca, na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca (NPR-A, sigla em inglês), um espaço vital para ursos, renas e milhões de aves migratórias.

“O Alasca é lar de algumas das maravilhas mais incríveis dos Estados Unidos e de áreas culturalmente significativas”, expressou Biden.

O Departamento do Interior, responsável pelas terras federais, acrescentou que anulou sete licenças de exploração concedidas durante o governo de Donald Trump noutra área protegida do norte do Alasca, no Refúgio de Vida Selvagem do Ártico.

A decisão foi tomada após uma proposta polêmica do governo, neste ano, de um projeto da gigante do petróleo Conoco Phillips na mesma região. O chamado projeto Willow foi autorizado pelo governo Trump e endossado por Biden.

Alguns veem no anúncio de hoje uma tentativa de governo de se refazer as críticas recebidas após a aprovação do projeto da Conoco Philipps, limitada a três zonas de prejuízo, em vez das cinco pedidas pela empresa, e com níveis de emissão de CO2 que alarmaram os ambientalistas.

O plano anunciado hoje também proíbe perfurações em uma área de mais de 1 milhão de hectares do Mar de Beaufort, situado ao norte da costa setentrional do Alasca.

Biden prometeu em sua campanha presidencial que congelaria as licenças de exploração de petróleo, promessa que não cumpriu. A NPR-A foi criada pelo presidente Warren Harding, em 1923, e constitui a maior região de terras públicas dos Estados Unidos.