Ex-primeira-dama

No Sete de Setembro, Michelle Bolsonaro chora e fala em perseguição e injustiça

Ex-primeira-dama e ex-presidente participaram de culto em Brasília nesta quinta-feira

Em culto no Sete de Setembro, Michelle Bolsonaro chora e fala em perseguição e injustiça - Reprodução/Redes sociais

Em meio às notícias de acordo para delação premiada entre a Polícia Federal e o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, Michelle Bolsonaro falou nesta quinta-feira sobre "perseguição" e "injustiça". Durante um culto realizado em Brasília, no feriado de Sete de Setembro, a ex-primeira-dama subiu ao altar da igreja para orar com os presentes, em lágrimas e coberta com a bandeira do Brasil nas costas.

"(...) Primeira vez que eu olhei a bandeira do Brasil cair no chão, porque é tão vivo, é tão forte. Mas, amados, a gente não pode perder a esperança. Nossa esperança está em Cristo Jesus. Eles vão nos atacar. O Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que nós seríamos perseguidos. Todos aqueles que tivessem Cristo como o Senhor salvador seriam perseguidos. E nós estamos sendo perseguidos e injustiçados, mas eu sei em quem eu tenho crido."

Atual presidente do PL Mulher, Michelle compareceu ao evento na companhia do ex-presidente e de aliados. Ao lado do casal na primeira fila estavam o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados Marco Feliciano (PL-SP) e Helio Lopes (PL-RJ), que compartilharam registros da celebração nas redes.

Delação de Mauro Cid
A Polícia Federal (PF) deu início a um processo para firmar um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, o próximo passo — e mais importante — será a homologação por parrte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo apurou O Globo, já há um termo de intenção assinado pelo ex-ajudante de ordens em posse dos investigadores. A informação sobre as tratativas foi inicialmente revelada pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do g1.

Hoje, a legislação da colaboração premiada permite que a PF negocie o acordo diretamente com o investigado, submetendo os termos ao Poder Judiciário, ao qual cabe decidir sobre a validade, no chamado ato de homologação. A possibilidade de a PF firmar acordos foi validada pelo Supremo em 2018.

Para homologar o acordo, Moraes irá analisar se a colaboração foi feita de forma regular, legal, se os benefícios previstos estão adequados na lei, e se não foram prometidas coisas impossíveis de serem concedidas.