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Após terremoto que deixou centenas de mortos, jogadores do Marrocos se solidarizam com as vítimas

Vários desses atletas ganharam projeção internacional após a seleção local chegar às semifinais da última edição da Copa do Mundo, no Catar

Após terremoto que deixou centenas de mortos, jogadores do Marrocos se solidarizam com as vítimas - Reprodução

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu o Marrocos na noite de sexta-feira (horário local), deixando, até a mais recente atualização, 820 mortos, além de 672 feridos. O abalo ocorreu a uma profundidade de 18,5 km, com epicentro 71 km a sudoeste de Marrakech às 23h11, horário local (19h11 em Brasília).

Ao longo da sexta e também neste sábado, diversos jogadores marroquinos se manifestaram nas redes sociais se solidarizando com as vítimas da tragédia. Os atletas ganharam projeção internacional após a campanha de destaque na Copa do Mundo do ano passado, no Catar, quando chegaram às semifinais da competição, algo até então inédito para uma equipe do continente africano.

O lateral do PSG Achraf Hakimi, em áraba e em inglês, prestou “condolências a todos aqueles que perderam um ente querido” e pediu foco na doação de sangue para os que estão hospitalizados. A publicação é acompanhada pela imagem de uma bandeira do país.

Umas das revelações do time, o meia Sofyan Amrabat pediu orações pelo país em um post em que aparecem, em preto e branco, imagens dos estragos causados pelo abalo sísmico. O atacante Sofiane Boufal também publicou um story com a bandeira do Marrocos, lamentando o ocorrido.

Capitão da equipe, o zagueiro Romain Saïss “é tempo de a unidade e a solidariedade virem em auxílio dos nossos concidadãos necessitados” e afirmou que “vidas ainda podem ser salvas”.
 

Outro destaque da seleção marroquina, o atacante En-Nesyri mudou a sua foto de perfil no Instagram, colocando uma imagem com um fundo escuro, em sinal de luto. O meia Ziyech, que tem sua foto de perfil em preto e branco, publicou um story com a bandeira do país, acompanhado de emojis que remetem a prece.

Tragédia
O terremoto aterrorizou a população, que fugiu de suas casas no meio da noite. O Ministério do Interior informou que há 672 ferido feridos, dos quais 205 graves. O terremoto causou o colapso de vários edifícios especialmente nas províncias e municípios de al Haouz, Taroudant, Chichaoua, Ouarzazate e Marrakech, no sudoeste.

O choque foi sentido até na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, e em cidades costeiras como Casablanca ou Essaouira, até mesmo no país vizinho, a Argélia.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o terremoto foi de magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros, com epicentro 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech às 23h11, horário local (22h11 GMT).

— Sentimos um tremor muito violento, percebi que era um terremoto — disse Abdelhak el Amrani, um morador de Marrakech, de 33 anos, à AFP em entrevista por telefone.

— Vi os prédios se movendo. Não temos reflexos para esse tipo de situação. Então saí e havia muitas pessoas do lado de fora. As pessoas ficaram chocadas e em pânico. As crianças choravam, os pais estavam indefesos — disse Amrani.

A mídia marroquina informou que este é o terremoto mais poderoso registrado neste reino no Norte da África. O Ministério do Interior afirmou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar nas zonas afetadas”.

Os hospitais de Marrakech registaram um “fluxo maciço” de feridos e o centro de transfusão de sangue local lançou um apelo à população para fazer doações.