Futebol

'Máximo respeito' pela renúncia de Rubiales, diz técnico da seleção espanhola

Técnico espanhol garantiu que não conversou com Rubiales depois que ele apresentou sua demissão, na noite do dia 10 de setembro

Luis De La Fuente, treinador da seleção espanhola de futebol - Reprodução

O treinador da seleção espanhola, Luis de la Fuente, manifestou nesta segunda-feira o seu “máximo respeito” pela decisão de Luis Rubiales de renunciar ao cargo de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), garantindo que está concentrado no jogo com o Chipre.

“Máximo respeito pela decisão que o Sr. Rubiales tomou”, disse De la Fuente na coletiva de imprensa realizada antes do jogo de qualificação para o Euro 2024 contra Chipre, que acontece nesta terça-feira, em Granada, no sul de Espanha.

O técnico espanhol garantiu que não conversou com Rubiales depois que ele apresentou sua demissão, na noite de domingo, quase um mês após eclodir uma polêmica internacional devido ao beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso.

De la Fuente evitou avaliar se esta decisão pode ter repercussões na sua posição ou na seleção nacional.

— Eu lido com o que posso controlar, o que acontece fora das escalações, das chamadas... está longe do meu controle — explicou De la Fuente, que insiste: — Temos que nos concentrar no futebol. Amanhã é um jogo importante que nos levará fortalece a briga pela primeira posição do grupo.

A Espanha está em segundo lugar no Grupo A de qualificação para a Eurocopa, atrás da Escócia, que lidera o grupo.

O país recebe o Chipre depois de derrotar a Geórgia por 7-1 em Tbilisi, na sexta-feira, e De la Fuente pediu aos seus jogadores que jogassem com a mesma concentração na terça-feira.

— O jogo do outro dia não foi vencido porque a Geórgia é uma equipa inferior, mas porque esta equipa desde o primeiro minuto não parou de insistir e insistir, essa é a atitude — disse o treinador espanhol.

'Um país feminista', diz chefe de governo

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou, no dia 1º de setembro, que as jogadoras espanholas deram “uma lição ao mundo” com sua atitude após o beijo forçado e a então recusa do presidente da Federação Espanhola, Luis Rubiales, em renunciar. Naquele momento, ele estava suspenso.

“Nossas jogadoras ganharam duas vezes: uma no campo e depois dando uma lição ao mundo de igualdade entre homens e mulheres”, afirmou o socialista Pedro Sánchez em um discurso em Málaga, elogiando a decisão das 23 campeãs do mundo de não voltar a vestir a camisa da seleção nacional se não houver mudanças na direção da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Durante a cerimônia de entrega das medalhas após a final da Copa do Mundo feminina, na qual a Espanha venceu a Inglaterra por 1x0 em 20 de agosto, o presidente da RFEF beijou Jenni Hermoso na boca, o que provocou surpresa e indignação internacional.

“A Espanha é um país feminista”, explicou Pedro Sánchez. Ele citou “mulheres que decidiram não voltar a se submeter. Nunca mais. Acabou”, em alusão ao lema gritado nas manifestações de apoio a Jenni Hermoso.