Banido do futebol também pela Fifa, Gabriel Tota decide se lançar como empresário do ramo de joias
Inspiradas no esporte, peças simulam logomarca de Michael Jordan e modelo usado por Neymar
Um dos três jogadores que tiveram seu banimento do futebol ampliado para nível mundial pela Fifa, Gabriel Tota mudou de ramo. O atleta, que teve seu envolvimento em esquema de manipulação de jogos revelado pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, abriu uma marca de joias com seu sobrenome: a Tota Joias.
A marca foi lançada no mês passado e vende pulseiras, cordões, anéis, pingentes e brincos. Sempre cravejados.
A inspiração das peças vem do próprio esporte. Há pingentes que reproduzem a logomarca de Michael Jordan e até um brinco semelhante a um dos usados por Neymar. Em publicação no Instagram, ele chega a ser vendido como brinco NJR.
O curioso é que, apesar de a marca levar o sobrenome Tota, o próprio jogador não usa mais este sobrenome em suas redes sociais. Ele alterou para Gabriel Neris.
Banido do futebol, o jogador de 21 anos só é visto com a bola em torneios amadores. Ele disputou o Campeonato Regional da Liga Patense de Desportos, de Patos de Minas-MG, pelo time Carajás/Fluminense, que acabou eliminado nas quartas de final.
Em junho, quando ainda era réu no caso de manipulação de jogos, Tota buscou anunciantes para suas redes sociais. O ex-volante do Juventude convidou seguidores e marcas a pagarem para anunciar no seu perfil. Ele prometeu cobrar um preço "super acessível".
— Quem tiver o interesse de divulgar sua marca, seu perfil, reels, qualquer conteúdo que traga benefícios para vocês também, me chama no direct e deixa uma mensagem. O preço está super acessível e vou deixar também uma foto com o meu engajamento [11,7 mil visualizações nos stories]. Tem dia que bate até mais visualizações. Chama aí e tira qualquer dúvida — disse na época.
Máfia das apostas: Fifa amplia punições
Tota teve seu banimento ampliado pela Fifa junto ao atacante Ygor Catatau e o goleiro Matheus Philipe. Mas o número total de punidos foi de 11, todos condenados inicialmente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por envolvimento num esquema de manipulação de resultados organizado por apostadores.
Os demais punidos são Jonathan Doin e Onitsali Moraes, afastados por 720 dias; Paulo Sérgio Marques Corrêa, André Luiz Guimarães Siqueira Junior e Mateus da Silva Duarte, por 600 dias; e Fernando José da Cunha Neto, Eduardo Baurermann e Kevin Lomónaco, por 360 dias. Suas punições começam a contar do dia em que foram condenados pelo STJD.