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China e Venezuela terão "associação estratégica para qualquer situação", disse Xi a Maduro em Pequim

Presidente chinês concedeu ao país sul-americano a maior escala das relações diplomáticas de Pequim

Encontro entre Xi e Maduro é exibido em telão gigante fora de shopping em Pequim - Pedro Pardo/AFP

O presidente da China, Xi Jinping, anunciou uma parceria estratégica "para qualquer situação" com a Venezuela, nesta quarta-feira (13), durante uma reunião com Nicolás Maduro em Pequim. A condição é a maior escala das relações diplomáticas chinesas, oferecida a apenas alguns países, como Rússia, Paquistão e Bielorrússia.

"Estou muito feliz de anunciar, ao seu lado, a elevação das relações entre China e Venezuela a um nível de associação estratégica para qualquer situação" afirmou Xi, segundo imagens exibidas pela televisão estatal, a Maduro.

A China mantém relações próximas com o governo Maduro, isolado internacionalmente, e é um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB registrou queda de 80% em uma década em consequência da crise econômica.

"[A China] apoiará, como sempre, com firmeza, os esforços da Venezuela para salvaguardar a soberania nacional, a dignidade nacional e a estabilidade social, e apoiará firmemente a causa justa da Venezuela de se opor à interferência estrangeira" afirmou Xi.

Nicolás Maduro desembarcou na China, na semana passada, em busca de apoio para a adesão de seu país ao Brics, que em sua reunião de cúpula mais recente anunciou uma ampliação com seis novos países: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.

"Poderíamos catalogar o grupo do Brics ampliado como o grande motor para a aceleração do processo de nascimento de um mundo novo, de um mundo de cooperação, onde o Sul Global terá a voz primordial", declarou Maduro em uma entrevista à agência estatal chinesa Xinhua publicada no sábado.

Maduro foi recebido com sua delegação no Palácio do Povo, o grande edifício onde as autoridades estrangeiras são recebidas perto da Praça Tiananmen (Paz Celestial). O chefe de Estado venezuelano chegou a Pequim na terça-feira (12), depois de passar por Xangai e por outras cidades chinesas. A visita vai até a quinta-feira (14).