Visita

Rebeldes huthis visitam Arábia Saudita para discutir sobre guerra no Iêmen

O Iêmen, que é o país mais pobre da península arábica, vive há oito anos uma guerra entre rebeldes

Bandeira do Iémen - Reprodução

Representantes dos rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, decolaram de Sanaa para Riade nesta quinta-feira (14), em sua primeira visita anunciada publicamente desde o início da guerra civil, em que a Arábia Saudita lidera um coalizão em apoio ao governo.

Esta visita alimenta as esperanças de um avanço na guerra do Iêmen, que desde 2015 tem deixado centenas de milhares de mortos e deixaram o país em uma das piores crises humanitárias do mundo.

O Iêmen, que é o país mais pobre da península arábica, vive há oito anos uma guerra entre rebeldes huthis, que controlam a capital, Sanaa, e outras localidades do país, e o governo, apoiado por uma coligação militar liderada por Riade.

Na quinta-feira, um avião de Omã que transportava uma delegação huthi decolou em direção à capital saudita para uma visita de cinco dias, segundo um funcionário do governo huthi.

Mahdi al-Mashat, presidente do Conselho Político dos Houthis, informou à agência de notícias Saba, controlada pelos rebeldes, que a delegação "continuará as consultas com a parte saudita".

"A paz é e continua sendo nossa primeira opção, e todos devem trabalhar para alcançá-la", acrescentou.

O anúncio da visita se dá em um momento em que o cessar-fogo ainda é mantido em grande parte no país, embora expire em outubro, e vários meses depois de uma relação de aproximação entre Irã e Arábia Saudita, após sete anos de rivalidades.

Uma delegação saudita visitou Sanaa em abril para participar em negociações que visavam prolongar a trégua e lançar as bases para um cessar-fogo mais duradouro.