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Rússia nega lentidão na investigação da morte de Prigozhin

Ucrânia e os seus aliados ocidentais suspeitam de vingança por parte de Moscou

Memorial improvisado em homenagem a Yevgeny Prigozhin e Dmitry Utkin - Natalia Kolesnikova/AFP

O governo russo disse, nesta sexta-feira (15), estar satisfeito com o andamento da investigação sobre o acidente aéreo, não qual morreu o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, embora nenhuma explicação tenha sido dada mais de três semanas depois do episódio.

"Não consideramos, de forma alguma", que a investigação está muito lenta, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em sua entrevista coletiva diária.

“Não é uma investigação simples, não é um incidente simples e, por isso, fazer comentários é totalmente prematuro”, alegou.

Prigozhin caiu em desgraça e foi considerado um traidor pelo presidente russo, Vladimir Putin, por orquestrar um motim em 23 de junho. Dois meses depois, morreu junto com seus homens de confiança na queda de seu avião particular.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais suspeitam de vingança por parte de Moscou, que rejeitaram a acusação, embora até agora não tenham explicado as causas da queda do avião, que partiu de Moscou rumo a São Petersburgo. As caixas-pretas da aeronave foram encontradas quase imediatamente.

Os investigadores não revelaram que se concentravam na possibilidade de morte, problema técnico, ou falha humana. A única investigação aberta até o momento diz respeito às normas de segurança aérea.