Setembro em Flor: a importância da vacina contra o HPV
"Depois de realizado o tratamento, espera-se que o HPV não volte, já que isso pode acontecer em algumas pessoas, daí a importância da vacina", declara a infectologista Sylvia Lemos
O Setembro em Flor, mês de conscientização e prevenção ao câncer ginecológico, que engloba os tumores do colo de útero, ovário, endométrio, vagina e vulva, traz a discussão sobre a importância da vacina contra o HPV, que é uma infecção sexualmente transmissível que causa verrugas nas partes íntimas do corpo, dependendo do tipo do vírus. Para falar sobre o assunto, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde desta sexta-feira (15), com a médica infectologista Sylvia Lemos.
A médica começou a entrevista falando da polêmica acerca da vacinação contra o HPV.
“Para muitas famílias, envolve a sexualidade, que, como a gente sabe, ela não é trabalhada no cotidiano por muitas famílias junto com seus filhos adolescentes e pré-adolescentes e, às vezes, é até um tabu. Mas hoje a sexualidade já está sendo trabalhada pelo próprio adolescente e pelos adultos. Muitas vezes, isso dificulta, porque a prevenção do HPV deveria começar a partir dos 9 anos. A gente oferece a vacina gratuitamente, mas existe uma dificuldade da adesão a essa vacina porque acha-se que está se falando de sexo precocemente com uma criança de 9 anos”, afirmou.
Sylvia Lemos falou, ainda, sobre o tratamento do HPV.
“Se o ginecologista ou o urologista observar lesão visível, ele vai fazer o tratamento, que é feito com substâncias que só o médico pode usar, que vão cauterizar aquela lesão, ou vai colocar pomadas, ou aplicar frio no local da lesão. Então, existem tipos diferentes de tratamento que, depois de realizado, espera-se que o HPV não volte, já que isso pode acontecer em algumas pessoas, daí a importância da vacina”, declarou a infectologista.
A vacina HPV nonavalente é indicada para ambos os sexos e é capaz de prevenir infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelo vírus HPV dos subtipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Mais informações acerca dela, você pode obter acessando o podcast Canal Saúde através do player abaixo:
https://open.spotify.com/episode/0QaR6SC6HW8l5oTB8QzDn3?si=fESaw-MFRkOd50oeRaZvJg&nd=1