INVESTIGAÇÃO

Polícia conclui inquérito e autua agressores de recreadora em Petrolina por lesão corporal

Câmeras de segurança do estabelecimento registraram a confusão e a agressão

Agressão foi registrada por câmeras de monitoramento do local - Reprodução

O casal que agrediu uma recreadora, de 20 anos, em um restaurante do Bodódromo de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, foi autuado por lesão corporal. A Polícia Civil de Pernambuco concluiu o inquérito policial que investigava o caso, que aconteceu em 20 de agosto.

A cuidadora de crianças foi agredida pelo casal enquanto trabalhava no local. A Polícia Civil afirmou que "não comenta inquéritos já concluídos e remetidos à Justiça". 

Câmeras de segurança do estabelecimento registraram a confusão e a agressão. Crianças começaram a brigar no local e a cuidadora tentou intervir chamando mãe de uma das envolvidas.

A vítima relatou que a mãe reclamou de ter sido chamada e afirmou que o filho permaneceria brincando no parquinho porque ela havia pago por isso. 

Em seguida, a mãe começou a xingar a profissional, que pedia para que ela se acalmasse. A cuidadora ainda pediu para a mulher tirar o dedo apontado de seu rosto, quando ela terminou partindo para a agressão física. 

O marido da mulher entrou no local aos gritos e também se envolveu na confusão gritando e insultando a cuidadora, que caiu no chão e foi alvo de chutes no rosto e puxões de cabelo. O homem ainda chegou a puxar uma arma de fogo contra a recreadora. 



Em entrevista à TV Grande Rio, o delegado Dark Blacker, titular da 214ª Delegacia de Polícia Circunscrição e responsável pelas investigações, disse que os agressores serão indiciados pelo crime de lesão corporal leve. O marido, que é policial militar da Bahia, também vai responder por injúria.

“Foi atribuída a responsabilidade para ambos de lesão corporal leve, e, para ele, que teve testemunhas que presenciaram ele proferindo palavras de baixo calão em relação a ela [recreadora], também tem elementos de formação contra injúria. Os autos serão disponíveis para defesa para que apresente uma queixa-crime”, afirma o delegado, que adianta que os dois não devem ser presos.

O delegado também afirmou que as imagens das agressões e os depoimentos foram essenciais para determinar quem começou a confusão.

“A conclusão do caso foi que a mãe da criança que estava no parquinho, ela iniciou a briga, a confusão. A cuidadora desde o início, com base nas imagens, ela não causou nenhum transtorno à criança”, afirma o delegado, observando que o pai entrou na briga em seguida, agredindo a recreadora com pontapés na cabeça da vítima.