PATRIMÔNIO

Mais de 130 memoriais da Primeira Guerra Mundial são declarados Patrimônio Mundial

Um total de 139 sítios situados nas regiões belgas de Flandres e Valônia, e do norte e nordeste da França foram incluídos na prestigiosa lista

Crânios humanos preservados são exibidos no memorial do Genocídio em Nyamata, em Ruanda - Simon Maina / AFP

Mais de 130 cemitérios e memoriais aos soldados mortos na Primeira Guerra Mundial foram inscritos nesta quarta-feira (20) na lista do Patrimônio Mundial da Unesco, anunciou a agência da ONU.

Um total de 139 sítios situados nas regiões belgas de Flandres e Valônia, e do norte e nordeste da França foram incluídos na prestigiosa lista.

A Primeira Grande Guerra (1914-1918) deixou 10 milhões de mortos de 130 nacionalidades, além de 20 milhões de mutilados, segundo dados do Ministério da Cultura francês.

A decisão tomada nesta quarta inclui locais "desde grandes necrópoles, que abrigam restos mortais de dezenas de milhares de soldados de várias nacionalidades, até pequenos e simples cemitérios e memoriais isolados", indicou a Unesco.

Esta inscrição é a última de uma série de sítios memoriais declarados esta semana pela Unesco, como a antiga escola naval ESMA em Buenos Aires, onde milhares de pessoas foram torturadas durante a última ditadura militar argentina.

Até agora, o Comitê do Patrimônio Mundial havia evitado este tipo de locais, já que os monumentos de guerras e matanças coletivas podem sr facilmente utilizados com fins políticos.

Também nesta quarta-feira, foram acrescentados à lista quatro locais em Ruanda em memória do genocídio de 800.000 pessoas, em sua maioria tutsis, perpetrado em 1994.