Diplomacia

Lula e Biden lançam manifesto e defendem colocar trabalhador no centro das discussões políticas

Acordo busca somar forças para enfrentar desafios como a "gig economy" e a transição tecnológica no mercado de energia limpa

Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden e o Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro na Casa Branca, em Washington - Ricardo Stuckert/PR

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden deverão pedir melhoria das condições de trabalho em seus países, em reunião bilateral em Nova York nesta quarta-feira. Os presidentes planejam dizer que a parceria entre os dois países ajudará os trabalhadores a enfrentar o que consideram desafios centrais – como a transição para a "gig economy" e a tecnologia de energia limpa, de acordo com autoridades norte-americanas.

“Perante os desafios globais complexos, desde as alterações climáticas ao aumento dos níveis de pobreza e à desigualdade econômica, devemos colocar os trabalhadores no centro das nossas soluções políticas”, afirmaram os líderes, numa declaração conjunta obtida pela Bloomberg.

“Devemos apoiar os trabalhadores e capacitá-los para impulsionar a inovação de que necessitamos urgentemente para garantir o nosso futuro”, diz o texto.

Diminuição da exploração dos trabalhadores
O acordo também se concentrará em como diminuir a exploração dos trabalhadores, incluindo o trabalho forçado, o trabalho infantil e a discriminação no local de trabalho contra as mulheres, LGBTQI+ e grupos raciais e étnicos. E será colocado um maior escrutínio na responsabilização nos investimentos públicos e privados, acrescentaram os responsáveis.

— Vamos ver se conseguimos apontar para a sociedade, principalmente para os jovens, uma alternativa, o que podemos fazer para despertar nos jovens a esperança de que terão um emprego que lhes permita viver com dignidade — disse Lula aos repórteres em Nova York, na noite de terça-feira.

Parceria global
Funcionários do governo Biden enfatizaram que a relação entre os EUA e o Brasil não é apenas bilateral, mas uma parceria global em questões como a não proliferação de armas nucleares e a segurança alimentar. As duas nações são os dois maiores exportadores de alimentos do mundo.