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Saraiva fecha todas as lojas do país, demite em massa e passará a funcionar só no e-commerce

Marca centenária dispensou em massa funcionários de suas lojas físicas e encerrou todas as suas operações presenciais

A Livraria Saraiva encerrou, nesta quarta-feira (21), as atividades em suas lojas físicas em todo o Brasil. A informação foi publicada pelo colunista Rennan Setti, de O Globo e pelo site PublishNews. Segundo a apuração da coluna, funcionários das lojas físicas da marca centenária foram demitidos em massa e agora a Saraiva passará a operar apenas como site de e-commerce. A Saraiva já chegou a ser a maior rede de livrarias do Brasil.

Nos últimos meses, a empresa já estava fechando lojas físicas. Desde junho, cerca de 30 unidades foram desativadas. A empresa mantinha apenas cinco livrarias abertas, quatro em São Paulo e uma em Campo Grande.

Ainda segundo a coluna, "com o fechamento das lojas físicas, a Saraiva praticamente deixa de existir, uma vez que seu e-commerce tem desempenho financeiro irrisório. No segundo trimestre, a receita das lojas físicas foi de R$ 7,2 milhões, enquanto o e-commerce vendeu apenas R$ 128 mil ao longo de três meses — ou apenas R$ 1,4 mil por dia".

Demissões
Ainda não foi divulgado o número de funcionários demitidos pela empresa, que de acordo com denúncias feitas pela ex-conselheira fiscal Francine Bruscato, que renunciou ao cargo esta semana, não vinha pagando verbas rescisórias de trabalhadores demitidos com o fechamento de lojas.

"A demissão em massa ocorre às vésperas de uma assembléia em que será votada uma mudança societária no negócio, convertendo ações preferenciais (sem voto) em ações ordinárias (com voto). A operação vai mudar o controle da Saraiva, hoje nas mãos da família fundadora e ocorre após a conversão de dívidas em participação ter elevado o número de ações preferenciais (sem voto) para além do limite previsto na Lei das SA", informa o jornal.