Bioeconomia

Banco do Brasil e BID assinam carta de interesse para promover a bioeconomia na Amazônia

O montante faz parte de uma linha de crédito no valor global de até 1 bilhão de dólares (4,92 bilhões de reais)

Amazônia brasileira - Reprodução / Tv Brasil

O Banco do Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) combinaram nesta quinta-feira (21) uma carta de interesse para viabilizar o financiamento de 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais) para iniciativas de bioeconomia e infraestrutura sustentável na Amazônia Jurídico.

O montante faz parte de uma linha de crédito no valor global de até 1 bilhão de dólares (4,92 bilhões de reais).

O "Programa de Bioeconomia para a Amazônia - BB Amazônia BID - Banco do Brasil" está vinculado ao projeto Amazônia Sempre, que o BID patrocina, a fim de promover o desenvolvimento sustentável na Floresta Amazônica.

Uma nova linha de crédito destinada a apoiar o desenvolvimento de bioempresas e dos produtores rurais, com recursos provenientes do BID e do Fundo Verde para o Clima.

Um segundo componente financiará projetos de geração de energia limpa e de melhoria da conectividade em zonas urbanas, rurais e florestais da Amazônia Legal, em particular em comunidades isoladas.

Trata-se de um "projeto a longo prazo, que busca ouvir os povos originários, conhecer melhor a realidade das comunidades da floresta, colocar em evidência para o mundo a diversidade, força e pujança, além de cuidar e preservar a floresta", disse a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

“Além de contribuir para a economia da floresta, melhorar a conectividade e o uso de energias renováveis, vamos aproveitar esse projeto para estruturar as cadeias produtivas vinculadas aos negócios sustentáveis de bioempresas na Amazônia e organizar a promoção comercial dos produtos na região”, disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn, ao participar da carta de interesses.

O projeto apoiará iniciativas que gerem receitas e reduzam as emissões de carbono por meio do combate ao desmatamento, da preservação da biodiversidade, do uso responsável do solo e dos recursos naturais e da restauração de áreas degradadas.

O agravamento da crise climática, a "percepção" de que tem que resolver os problemas da região amazônica de forma "holística" e a verdade de que o "Brasil é parte da solução", além do "novo clima político", explicam o interesse em dedicou recursos para a Amazônia, ressaltou Goldfajn.

O BB assinou nesta semana programas e contratos de mais de 1 bilhão de dólares, que somam uma carteira de projetos de 5 bilhões de dólares, disse Medeiros.

Até 2030, o Banco do Brasil - com 80 milhões de clientes - espera que as operações de crédito para ações sustentáveis cheguem a 500 bilhões de reais.