QUEDA DE CABELO

Alopecia areata e androgenética: veja sintomas, causas e tratamentos

Perda de cabelo pode ter causa genética ou emocional

Homem com alopecia - Freepik

A alopecia é a evidente queda de pelos que, na maioria das vezes, ocorre no couro cabeludo. Existem dois tipos principais de alopecia: a areata e a androgenética.

As duas são comuns na juventude e o resultado principal é o mesmo: a queda de cabelo. No entanto, os processos são diferentes.

Veja as diferenças entre a alopecia areata e a androgenética:

O que é a alopecia androgenética?

A alopecia androgenética é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. Como o prefixo “andro” entrega, já que se refere ao hormônio masculino, ela é mais comum entre os homens. No entanto, as mulheres também podem ser afetadas pela doença, que se desenvolve na adolescência, quando o estímulo hormonal começa a aparecer, fazendo com que os fios fiquem cada vez mais finos, e se manifesta de forma mais forte por volta dos 40 ou 50 anos.

— Aproximadamente 50% da população, entre homens e mulheres, têm algum grau de alopecia androgenética depois dos 50 anos. É um número bem alto, embora ela seja, em muitas vezes, discreta. Existe um afinamento dessa região central do couro cabeludo — diz Fabiane Brenner, coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 

Quais os sintomas da alopecia androgenética?

Os sintomas da alopecia androgenética são:

- Falhas de falta de cabelo na coroa e na região frontal da cabeça, popularmente chamadas de "entradas"

- Já nas mulheres, os sintomas da alopecia androgenética são:

- Redução da densidade do cabelo (ele fica menos volumoso e mais ralo);

- Diminuição de fios no topo da cabeça;

- Perda de fios que ficam em travesseiros, escovas e no chão do box do banheiro após lavagem.

O que causa a alopecia androgenética?

Como o nome diz, a alopecia androgenética tem característica genética. Sendo assim, é normal vê-la sendo passada de pai para filho, ou entre gerações familiares. Ademais, entre as mulheres, de acordo com a SBD, pode haver associação com alterações hormonais da menopausa, irregularidades menstruais, acne e obesidade.

Quais são os tratamentos da alopecia androgenética?

Para solucionar a alopecia androgenética, é preciso buscar um profissional da área da dermatologia para começar um tratamento. Remédios que estimulem o crescimento dos fios do couro cabeludo e bloqueadores hormonais são opções. O objetivo do tratamento é, em primeiro lugar, pausar a perda de cabelo, e em seguida, recuperá-lo. Além disso, nos casos mais extensos de perda de fios, um transplante capilar também pode melhorar o aspecto estético.

Como prevenir a alopecia androgenética?

A realização de exames genéticos pode identificar os pacientes com maior probabilidade de desenvolverem a alopecia androgenética. No entanto, como é uma doença genética, não há como evitar totalmente que ela se desenvolva sem o tratamento junto de um profissional.

Dermatologistas podem também solicitar exames para avaliar a presença de doenças ou distúrbios, como anemia, deficiência de ferro ou alteração da tireoide, que possam causar a queda de cabelo.

O tratamento pode passar por reposição com polivitamínicos ou proteínas para formar queratina no cabelo e nas unhas, terapia com radiação ultravioleta, injeções de corticoide ou medicações que estimulam o crescimento do cabelo, como minoxidil e antralina.

O que é a alopecia areata?

A alopecia areata é uma doença inflamatória, localizada na raiz dos fios, que provoca a queda de cabelo. Diversos fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética, a participação autoimune e até mesmo o emocional.

Com ela, os fios começam a cair, resultando em falhas circulares, deixando a pessoa com espaços no couro cabeludo e, em alguns casos, sem pelos no restante corpo.

Segundo Fabiane Brenner, apenas 1% da população desenvolve a alopecia areta.

As regiões de perdas variam em localidade e intensidade. Além dos casos mais comuns, com as áreas ovais sem fios de cabelo no couro cabeludo, há casos raros de alopecia areata total, nos quais o paciente fica totalmente careca. Existe também a alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo o corpo, até mesmo cílios e sobrancelhas — de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apenas 5% dos pacientes desenvolvem a doença até esse nível.

Quais os sintomas da alopecia areata?

O principal sintoma da alopecia areata é a perda brusca de cabelos.

O paciente pode apresentar coceira no couro cabeludo ou uma forte sensação de queimação antes da queda acontecer de forma efetiva.

O que causa a alopecia areata?

Alguns dos fatores que podem desencadear ou agravar um quadro de alopecia. São eles:

- Problemas emocionais, como estresse e processos de luto;

- Má alimentação;

- Uso de produtos químicos;

- Reações hormonais pós-parto.

A doença também pode estar associada a outras, como lúpus, vitiligo, diabetes e alergias, como a rinite. Portanto, muitas vezes se faz necessária a realização de exames de sangue.

Há pelo menos sete estudos acadêmicos que abordam a ligação entre a alopecia areata e a Covid-19, mas as causas, a duração e os tratamentos ainda não estão muito claros.

Estima-se que a covid longa esteja associada a duas formas de queda de cabelo acentuada já conhecidas da medicina: o eflúvio telógeno, que está relacionado ao estresse, e a alopecia areata.

A evolução da alopecia areata não é previsível, variando em cada caso.

Quais são os tratamentos da alopecia areata?

Diversos tratamentos estão disponíveis para a alopecia areata. Eles visam controlar a doença, reduzir as falhas, estimulando o folículo a produzir cabelo novamente, e evitar que novas áreas “peladas” surjam.

Para iniciá-los, o paciente deve procurar um dermatologista para que ele possa determinar o melhor a ser feito.

Vale lembrar que o cabelo sempre pode crescer novamente — em alguns casos em cor diferente do normal, como mais claro ou até mesmo branco —, mesmo que haja perda total.

Isto ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação. Entretanto, novos surtos podem ocorrer. Por isso, é importante manter o tratamento até que a doença desapareça completamente.