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Microsoft está perto de fechar compra da Activision, com sinal positivo de órgão do Reino Unido

Este era o último obstáculo regulatório enfrentado pela empresa. Órgão antitruste acatou proposta da companhia de conceder direitos de alguns jogos à Ubisoft

FTC tentará impedir que Microsoft conclua o acordo de US$ 69 bi com a Activision - Reprodução

A compra da Activision Blizzard pela Microsoft pelo valor de US$ 69 bilhões parece enfrentar seu último obstáculo regulatório. Isso porque as autoridades do Reino Unido, que investigam o nível de concorrência entre as empresas, sinalizaram que aceitarão as últimas concessões feita pela companhia. A medida encerra uma espera de mais de um ano e meio para concluir o maior acordo de todos os tempos. A aquisição já foi aprovada pela UE.

A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês), o órgão antitruste do Reino Unido, disse na sexta-feira que a proposta da Microsoft abre a porta para a aprovação do acordo. O regulador entendeu que a venda pela Microsoft de alguns direitos de jogos à editora francesa Ubisoft pode manter aberta a competição dos jogos em nuvem por anos. A CMA será consultada sobre a oferta até 6 de outubro.

Reviravolta no acordo
A medida representa uma reviravolta impressionante para um acordo que já foi pensado depois de enfrentar preocupações dos reguladores antitruste, incluindo um veto inicial do Reino Unido na primavera. Ganhou impulso inesperado depois que a Microsoft venceu a contestação judicial da Comissão Federal de Comércio sobre o acordo. A União Europeia aprovou o acordo com soluções comportamentais em maio. Isso deixou o CMA como o obstáculo regulatório restante.

“Este é um acordo novo e substancialmente diferente, que mantém a distribuição na nuvem desses jogos importantes nas mãos de um forte fornecedor independente, a Ubisoft, em vez de sob o controle da Microsoft”, disse Colin Raftery, diretor sênior de fusões da Microsoft. CMA.

A CMA já havia vetado o acordo, dizendo que poderia resultar em preços mais altos, menos opções e menos inovação para os jogadores do Reino Unido. A nova oferta significa que a Microsoft não pode limitar o acesso ao conteúdo principal da Activision ao seu próprio serviço de jogos em nuvem ou reter esses jogos dos rivais, disse o regulador.

“As partes provavelmente foram mais longe no Reino Unido para garantir a autorização regulatória do que em qualquer outro lugar”, disse Alex Haffner, advogado de concorrência do escritório de advocacia britânico Fladgate.

Empresa quer encerrar caso até 18 de outubro
O executivo da Microsoft, Brad Smith, disse que a empresa continuará trabalhando para obter a aprovação final para fechar o negócio até 18 de outubro.

"Estamos encorajados por este desenvolvimento positivo no processo de revisão do CMA. Apresentamos soluções que acreditamos atenderem totalmente às preocupações remanescentes do CMA relacionadas ao streaming de jogos em nuvem" disse ele.

Já o CEO da Activision, Bobby Kotick, disse que a aprovação preliminar de nossa fusão pela CMA “é fundamental para concluir o acordo”, escreveu em um blog.