Homenagens

Colômbia iniciada despedida com honras de Botero

Durante a cerimônia, o presidente do Congresso, Iván Name, disse que a Colômbia se despede de "um colombiano universal"

presidente do Congresso, Iván Name, disse que a Colômbia se despede de "um colombiano universal" - Juan Barreto / AFP

O Congresso da Colômbia começou, nesta sexta-feira (22), uma semana de homenagens ao e escultor Fernando Botero, para o último adeus, em Bogotá e Medellín, um dos artistas mais relevantes do século XX.

O caixão com o corpo de Botero chegou envolto na bandeira da Colômbia à sede do Legislativo, em Bogotá, onde foi recebido por uma orquestra de sopros, um coral, pela guarda presidencial e por congressistas e familiares.

"Estamos consternados, emocionados e profundamente gratos pelas manifestações de afeto, reconhecimento e gratidão ao meu pai. Trazer meu pai uma vez última à sua terra natal, para que os colombianos possam se despedir dele, era um dos nossos maiores desejos", disse sua filha, Lina Botero.

Durante a cerimônia, o presidente do Congresso, Iván Name, disse que a Colômbia se despede de “um colombiano universal”. "Botero parou o mundo por um instante.

Ele o fez com um pincel e suas mãos, quando conseguiu pintar um mundo diferente. Um mundo que refletia a realidade do seu país, mas que também tinha as chaves secretas do espírito humano", acrescentou o Congressista.

O artista morreu no último dia 15, em Mônaco, aos 91 anos, em consequência de uma pneumonia. Seu corpo chegou ontem a Bogotá e chegará até domingo na câmara-ardente do Congresso. À tarde, após uma cerimônia privada, as portas da câmara serão abertas ao público.

Na próxima segunda-feira, o corpo será levado para Medellín, cidade natal de Botero, onde também haverá eventos antes da cremação.

Na próxima semana, suas cinzas serão levadas de volta à Europa, ao pequeno povoado italiano de Pietrasanta, onde serão enterradas junto ao túmulo de sua mulher, a artista grega Sophia Vari, que morreu em maio.

As criações de Botero, em sua maioria com formas voluptuosas e levemente surrealistas, foram arrematadas por até 4,3 milhões de dólares (cerca de R$ 21 milhões) nas galerias mais prestigiadas do mundo.

Na Colômbia, ele fez coleções de obras para museus e parques públicos, na tentativa de levar sua arte às aulas populares. No mundo, expõe os trabalhos em cidades como Madri, Paris, Barcelona, Cidade de Singapura e Veneza, entre outras.