Modelo réu no 8 de janeiro é preso novamente no Espírito Santo por descumprir decisões judiciais
Marcos Soares Moreira estava em uma casa de eventos na Grande Vitória e usava tornozeleira eletrônica no momento da prisão
O modelo e empresário capixaba Marcos Soares Moreira, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, foi preso novamente pela Polícia Federal, na tarde desta sexta-feira (22), por descumprimento de medidas cautelares.
No momento da prisão, Soares usava tornozeleira eletrônica e estava em uma casa no município da Serra, na Grande Vitória, que ele costuma alugar para eventos.
"O alvo foi preso ontem. Ele tem uma casa que ele aluga para eventos e foi preso lá. Ele não resistiu, estava com tornozeleira eletrônica. Foi preso e entregue na Sejus ( Secretaria de Estado da Justiça)", afirmou, ao GLOBO, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Espírito Santo, Eugênio Ricas,
A prisão aconteceu após decreto do ministro do STF Alexandre de Moraes, após Soares descumprir medidas cautelares como a que o impedia de usar redes sociais. Ele já havia sido preso anteriormente, em janeiro deste ano.
Após a prisão, o réu foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Viana II, também na Grande Vitória, segundo a Sejus.
Morador da Serra, na Grande Vitória, Marcos já fez trabalhos como modelo e é conhecido por atuar numa empresa de fabricação própria de cortinas. Nas redes sociais, chegou a defender um golpe militar e saiu em defesa da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O empresário também divulgou vídeos em suas redes sociais sobre a sua participação nos atos em Brasília.
Um deles foi uma gravação feita de dentro do ônibus, quando saía do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha, no dia 7 de janeiro — onde estava montado um acampamento golpista de bolsonaristas — em direção a Brasília.
O ministro Alexandre de Moraes ressaltou, ao determinar a prisão do empresário, que, mesmo ciente da proibição de usar as redes sociais, ele demonstrou “total desprezo pela Justiça”, tendo publicado dois vídeos na rede social TikTok “nos quais ataca esta Corte e profere diversas ofensas à honra dos ministros que a integram".