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Coreia do Sul exibe força com primeiro desfile militar em uma década

Quase 4.000 soldados participaram no desfile no centro de Seul, que também exibiu 170 tanques, drones e mísseis

Coreia do Sul exibe força com primeiro desfile militar em uma década - Anthony Wallace / AFP

A Coreia do Sul organizou, nesta terça-feira (26), o primeiro desfile militar em uma década, com a participação inédita dos Estados Unidos, uma demonstração de força em um momento de tensão com a Coreia do Norte.

Quase 4.000 soldados participaram no desfile no centro de Seul, que também exibiu 170 tanques, drones e mísseis, diante dos aplausos da multidão que exibia bandeiras sul-coreanas. Cerca de 300 soldados americanos participaram no desfile, um fato inédito que ilustra a força da aliança militar entre os dois países diante da ameaça nuclear norte-coreana.

Seul geralmente organiza um desfile militar a cada cinco anos, mas a edição de 2018 foi substituída por uma cerimônia mais sóbria pelo presidente de esquerda da época, Moon Jae-in, que tentava estabelecer uma aproximação com o vizinho do Norte.

Atualmente o país é presidido por Yoon Suk Yeol, um conservador que segue uma política de linha dura com Pyongyang. Desde que chegou à presidência em maio de 2022, a Coreia do Sul intensificou a cooperação militar com Estados Unidos e Japão.

Yoon também liderou uma cerimônia em uma base aérea. No evento, ele celebrou a intensificação dos laços entre Estados Unidos e Coreia do Sul na área de defesa.
 

— Se a Coreia do Norte utilizar armas nucleares, seu regime será contido por uma resposta esmagadora da aliança entre Estados Unidos e Coreia do Sul —, disse Yoon.

O primeiro desfile militar em 10 anos "é um gesto pouco sutil e visualmente provocativo por parte do governo sul-coreano para mandar a (o líder norte-coreano) Kim Jong Un a mensagem de que Seul não vai recuar nem buscará formas de reconciliação", disse à AFP Soo Kim, da LMI Consulting e ex-analista da CIA.

A Coreia do Sul é um importante exportador de armas. Em 2022, as vendas de armas renderam 17,3 bilhões de dólares (R$ 85,8 bilhões). Seul não vende armas para países em guerra.