Sobe para nove número de mortos em cheia de rio na Cidade da Guatemala
Os corpos resgatados até o momento são de três crianças e seis adultos
Socorristas encontraram, nesta quarta-feira (27), três corpos, elevando para nove os mortos na cheia de um rio devido às fortes chuvas registradas na Cidade da Guatemala.
"Confirma-se que foram localizadas mais três vítimas, aumentando para nove" os mortos na tragédia ocorrida na madrugada de segunda-feira, disse a jornalistas o porta-voz da Coordenadoria para a Redução de Desastres (Conred), Rodolfo García.
A cheia do rio El Naranjo, provocada pelas fortes chuvas de domingo, destruiu casas no assentamento Dios Es Fiel, situado debaixo de um viaduto no centro da Cidade da Guatemala.
As casas precárias da localidade são construídas, em sua maioria, com chapas de zinco por pessoas com poucos recursos.
Os corpos resgatados até o momento são de três crianças e seis adultos, detalhou a Conred.
Com o novo balanço, ainda há nove desaparecidos na cheia do rio, que arrastou árvores, pedras e lixo.
A princípio, o vice-secretário da Conred, Walter Monroy, informou que havia 19 desaparecidos, mas uma nova contagem estabeleceu o número em 18.
Segundo Monroy, a cheia ocorreu após um "represamento" de água por um deslizamento de terra na parte alta da bacia.
A atual temporada de chuvas na Guatemala, que começou em maio e termina em novembro, deixa até o momento 29 mortos, 2,1 milhões de afetados, 10.303 evacuados e danos severos de infraestrutura.
Milhares de cidadãos da Guatemala, onde 59% dos 17,7 milhões de habitantes vivem na pobreza, foram obrigados a construir suas casas precárias nas encostas dos morros, nas margens dos rios e em áreas inundáveis.
O déficit habitacional no país é de cerca de dois milhões de casas, segundo dados da Câmara Guatemalteca da Construção (CGC) e da Associação Nacional de Construtores de Moradias (Anacovi).