Seis militares são presos por estupro de menina em El Salvador
Cinco soldados foram acusados como "cúmplices necessários" e pelos crimes de "lesões e ameaças com agravantes especiais"
Seis membros do exército de El Salvador, acusados de estuprar uma menina de 13 anos, compareceram a um tribunal nesta quinta-feira (28) após serem detidos, informou a Procuradoria-Geral da República (FGR, na sigla em espanhol).
“A FGR apresentou hoje uma acusação contra 6 membros das Forças Armadas, acusados de privação de liberdade agravada, estupro de menor e incapacidade agravado e agressão sexual”, disse a Procuradoria na rede social X, antigo Twitter.
Em 23 de setembro, os seis militares surpreenderam uma menina de 13 anos e três outros adolescentes que acompanharam em Mizata, uma praia no Pacífico, onde a menina foi estuprada, informou a FGR.
O sargento Héctor Ovidio Alvarado foi acusado como "autor direto" do crime.
Cinco soldados foram acusados como "cúmplices necessários" e pelos crimes de "lesões e ameaças com agravantes especiais". Os seis compareceram a um tribunal em Teotepeque, a 55 km de San Salvador, nesta quinta-feira.
A denúncia de estupro envolveu uma comoção neste país da América Central, que vive há 18 meses sob um regime de exceção, com uma guerra decretada pelo presidente Nayib Bukele contra as gangues, e o exército apoiando a polícia em operações de segurança.
"El Salvador é, de longe, o país mais seguro da América Latina, mas como em qualquer sociedade, ainda existem pessoas que pensam que podem cometer crimes e não enfrentar as consequências [...], eles serão punidos com todo o rigor da lei, não importa quem seja", escreveu Bukele na rede X, referindo-se aos seis militares.