Saúde

Cirurgia do Lula: equipe de cirurgia é 30% menor para reduzir ao máximo risco de infecção

Casos de infecção na cirurgia de quadril, como a de Lula, são de difícil tratamento

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil - Evaristo Sa/AFP

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está se submetendo a uma cirurgia no quadril, no Hospital Sírio-libanês, em Brasília. A cabeça do fêmur (com diâmetro por volta de 5 cm) será substituída por uma prótese. O procedimento, que começou meio-dia, é considerado de grande porte, ou seja, quando está associado a perda sanguínea maior.

A equipe médica decidiu reduzir o número fixo de profissionais da saúde na sala de operação. São 8 no total: dois cirurgiões, dois anestesistas, dois enfermeiros, dois instrumentadores. O número usual em cirurgias de grande porte é próximo de 12 no total. A equipe médica quer reduzir ao máximo o risco de infecção, que é de difícil tratamento no caso de colocação de prótese.

A cirurgia é chamada de artroplastia do quadril, que é a substituição da cabeça do fêmur (com diâmetro por volta de 5 cm) por uma prótese. A prótese reproduz a função articular dessa parte do corpo. A porção do osso costuma ser serrada. O corte na coxa direita é de cerca de 15 cm nesse tipo de operação.

O centro cirúrgico é equipado com softwares com inteligência artificial. Eles são capazes de monitorar a hemodinâmica do paciente com extrema precisão, a ponto de interpretar com 20 minutos de antecedência algo que possa dar errado durante o procedimento, como a função do coração e pressão arterial. Esse tipo de aparelho é recente no Brasil – os hospitais e ponta têm há cerca de 4 anos.

O problema foi causado por uma artrose, desgaste da cartilagem que fica entre a cabeça do fêmur e a bacia. Lula sofreu um desgaste natural da idade na cartilagem que fica entre o fêmur e a bacia. Cerca de 20% das pessoas com mais de 65 anos têm o problema.