BRASIL

PF prende mulher foragida no Paraguai suspeita de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro

A ação contou com a cooperação das autoridades do Paraguai, onde ela voluntariamente se apresentou no escritório Central Nacional da Interpol em Assunção

Ato golpista do dia 8 de janeiro em Brasília - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira uma mulher suspeita de participar dos atos golpistas do 8 de janeiro que estava foragida no Paraguai. Ela era procurada por conta de um mandado de prisão determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação contou com a cooperação das autoridades do Paraguai, após a mulher se apresentar voluntariamente no escritório Central Nacional da Interpol em Assunção. Ela foi entregue para a Polícia Federal em Foz de Iguaçu/PR, quando o mandado de prisão foi cumprido.

Como noticiou a colunista Bela Megale, Wenia Morais Silva foi assessora do do deputado estadual do Rio de Janeiro Renato Zaca, do PL, sigla do ex-presidente Bolsonaro. Ela aguarda agora ser transferida para Brasília, onde ficará presa.

Blogueiro preso no Paraguai
No início de setembro, o o blogueiro Wellington Macedo de Souza foi preso em Cidade do Leste, também no Paraguai. Ele estava foragido há mais de oito meses por envolvimento em uma tentativa de ataque a bomba em Brasília. Ele foi entregue à Polícia Federal na Ponte da Amizade, que faz fronteira entre Foz do Iguaçu (PR) e Cidade do Leste, e depois encaminhado para Brasília, onde continua preso.

Na véspera de natal de 2022, a Polícia Civil do Distrito Federal descobriu um plano para explodir um caminhão-tanque nas proximidades do aeroporto de Brasília. A dinamite foi vista pelo motorista do veículo que avisou a Polícia Militar. O objetivo do grupo era gerar casos para atrapalhar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia dos envolvidos consistia em provocar as Forças Armadas a decretar um "estado de sítio" e fazer uma espécie de intervenção militar.
 

Nos dias seguintes, os policiais civis prenderam duas pessoas acusadas de elaborar e executar o plano — George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, que se encontram presos hoje cumprindo pena em regime fechado. Macedo era o único dos acusados que permanecia foragido. Ainda há um quarto suspeito que não foi identificado pelos investigadores.