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Militares acusados de tentar sabotar eleições na Venezuela em 2018 são liberados

Eles foram acusados de "crimes contra o decoro militar", segundo a ONG Foro Penal

Bandeira da Venezuela - Reprodução/Internet

Oito militares foram liberados na sexta-feira depois de um período de cinco anos em detenção por suposta tentativa de sabotar as eleições presidenciais de 2018, confirmou uma fonte próxima ao caso à AFP neste sábado (30).

"São oito os liberados", disse a fonte sob reservas e sem oferecer detalhes sobre os ex-detentos nem sobre as condições da libertação.

Os militares foram presos em meados de 2018 por supostamente planejar sabotar as eleições daquele ano, assim como um atentado contra o presidente Nicolás Maduro. em um caso que foi denominado como "operação armagedon", informou a imprensa à época.

Eles foram acusados de "crimes contra o decoro militar", segundo a ONG Foro Penal que incluía o grupo em seu registro de mais de 280 "presos políticos".

Os  militares aguardavam o início de seu julgamento e, de acordo com denúncias de familiares, alguns deles enfrentavam problemas de saúde. Há uma semana, a advogada Lilia Camejo denunciou que pelo menos dois haviam iniciado uma greve de fome.

O governo, que já denunciou vários planos de tentativa de golpe, não se pronunciou sobre o caso.

Segundo a pré-candidata opositora Delsa Solórzano, entre os militares liberados estão Luis de la Sotta, Carlos Macsotay, Ruperto Molina, Ricardo González, Antonio Scola, Gustavo Carrero e Elías Noriega.